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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Valdir Pagnoncelli nos deixou dois ótimos livros

O comunicador e empresário Valdir Pagnoncelli nos deixou cedo. Tinha 74 anos (27-1-1948 a 11-5-2022). Valdir era uma espécie de embaixador de Dois Vizinhos. Empresário de sucesso na comunicação, com as rádios Educadora e Vizinhança, foi secretário municipal, professor, governador distrital do Rotary e escritor. Valdir faleceu, mas está imortalizado na história de Dois Vizinhos, do Sudoeste do Paraná, de sua família e na literatura.

Por displicência, acabei lendo os livros do Valdir somente neste ano, depois do seu falecimento. Uma pena, poderia ter dado minhas impressões sobre estas importantes obras para a história local e regional. O primeiro livro “Pai e Filho – Nani e Diro” conta a saga da família Pagnoncelli, a educação rígida, as dificuldades que a família enfrentou no Rio Grande do Sul e em Dois Vizinhos. Um dos fatos mais dramáticos foi vivenciado por Valdir quando era pequeno. Uma maldade, ato cruel provocado por uma pessoa que morava com a família Pagnoncelli.

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“Pai e Filho – Nani e Diro” fala da vida da família, da vida de Valdir Pagnoncelli, de como foi parar no seminário, depois a universidade em Curitiba, sua volta a Dois Vizinhos, a vida pública como secretário, professor, rotariano e governador do Distrito 4640. Retrata também o câncer de Valdir, as consultas, exames e o tratamento. Uma história muito bonita, comovente e cativante que vale a pena ser lida.

O outro livro é “A ilha – vestígios e histórias do Rio Santana”, em que Valdir narra as histórias, causos, boatos sobre a Ilha do Santana, um pedaço de terra entre os municípios de Itapejara e Verê, que possivelmente foi habitada por índios há centenas de anos. É um livro histórico e documental. Valdir relata desde quando recebeu o imóvel do pai de sua ex-esposa Marilda Orben, as dificuldades para a regularização do imóvel perante os órgãos de governo, para a construção de uma ponte, as diversas tentativas para obter renda com a exploração agropecuária – silvicultura, grãos ou gado – e a decisão da família de explorar o local como ponto turístico e para área espiritual.

É um livro que prende a atenção do leitor porque não tem apenas o contexto histórico. A obra tem histórias de ex-proprietários, causos, situações que podem estar relacionadas ao sobrenatural e outras histórias que se tornaram folclóricas.

Enfim, pra quem gosta de leitura, literatura e história, duas ótimas obras. Têm preocupação com a linguística, momentos de dramaticidade, felicidade, frustrações, situações para atrair a atenção dos leitores.

Flávio Pedron

Jornal de Beltrão

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