Cesta básica acumula alta de 23% em 12 meses na região.
Da assessoria e JdeB – Em junho, o custo médio da cesta básica de alimentos reduziu em Francisco Beltrão (-0,87%) e Pato Branco (-0,88%). Em Dois Vizinhos houve uma alta de preços de 0,44%. A pesquisa é feita mensalmente pelo Grupo de Pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento, do curso de Ciências Econômicas da Unioeste e instituições parceiras. Em valores monetários, a redução em relação ao mês anterior foi de R$ 5,18, em Francisco Beltrão e de R$ 5,12 em Pato Branco. A alta de preços em Dois Vizinhos foi de R$ 2,65.
A cesta básica de alimentação com maior valor foi a de Dois Vizinhos, R$ 602,98, e a de menor valor a de Pato Branco, R$ 576,62. Comparando o valor da cesta de junho de 2022 com o mesmo mês de 2021 constata-se um aumento de 23,55%, em Dois Vizinhos; de 23,55%, em Francisco Beltrão; e de 23,05%, em Pato Branco.
Em junho, o tempo médio necessário para adquirir a cesta básica individual foi de 109h e 35m, em Dois Vizinhos; de 107h e 24m, em Francisco Beltrão e de 104h e 40m, em Pato Branco.
Quando se compara o custo da cesta individual e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), o trabalhador de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Pato Branco, remunerado pelo piso nacional, comprometeu com a aquisição da cesta básica individual 53,78%, 52,78%, e 51,43% da sua renda, respectivamente. Se observada a determinação legal, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, ou seja, se consideradas as necessidades básicas para além da alimentação, o salário mínimo deveria ter sido, em junho, de R$ 5.065,63 em Dois Vizinhos, R$ 4.971,21 em Francisco Beltrão e R$ 4.844,17 em Pato Branco.
Capitais
Em junho, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 9 das 17 capitais nas quais o Dieese realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Entre maio e junho, as altas mais expressivas ocorreram no Nordeste, em Fortaleza (CE), com 4,54%, Natal (RN), 4,33%, e João Pessoa (PB), 3,36%.
Oito cidades apresentaram reduções, sendo que as mais significativas foram registradas nas capitais dos estados da região Sul: Porto Alegre (RS) -1,90%, Curitiba (PR) -1,74% e Florianópolis (SC) -1,51%.