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Francisco Beltrão
domingo, 15 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Valor do leite pago ao produtor despenca 17% em agosto, mas custos se mantêm

A previsão do tempo é de pouca chuva e muitas pragas nas lavouras.

Reunião do Conseleite apontou redução no preço do leite, mas situação está agravando crise entre produtores. Foto: Divulgação/Faep.

Da assessoria – O valor de referência do leite entregue em agosto a ser pago em setembro despencou 17%, apontou o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite) em reunião  nesta semana. A tendência de queda deve adentrar setembro, conforme projeção baseada nas três primeiras semanas desse mês.

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“Já esperávamos uma redução no valor de referência, mas nos surpreende o tamanho dessa queda”, alertou o vice-presidente do Conseleite, Ronei Volpi.

“Nossos custos de produção não baixaram e não vão baixar. Provavelmente teremos um ano pela frente com cenário de custos que não tem perspectiva de baixa, já que a previsão do tempo é que possa haver chuvas abaixo da média com a La Niña, além das pragas ameaçando o sucesso das safras de milho e soja.”

Com a perspectiva de queda aguda pela frente, conforme análise de Volpi, é certo que várias fazendas leiteiras vão passar a trabalhar no vermelho.

Exige-se cautela

“Gostaria de solicitar, perante todos das indústrias e dos produtores, que conversem entre si para amenizar no que for possível esse momento. Estamos falando de inviabilidade de produção de leite por parte do produtor, o que vai afetar diretamente na indústria, por causa da redução na oferta de matéria-prima. Precisamos olhar com muita cautela para isso.”

Mercado

Os meses de junho e julho refletiram a aceleração da inflação de lácteos no País, disparidade na oferta e demanda e a conjuntura internacional do pós-pandemia. Os resultados do período foram de altas históricas na oscilação do valor de referência do leite, o que respingou no preço pago pelo consumidor. Os clientes chegaram ao supermercado com preços altos e compraram menos lácteos,  provocando desequilíbrio oferta e procura.

Agora, as cotações baixas ao produtor e à agroindústria devem persistir até que se chegue a um novo equilíbrio, o que não está no radar de curto prazo.

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