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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

34% das empresas ainda precisam de crédito para saldar compromissos

Negócios

Carlos Manfroi, da Cacispar.

Pelo menos 34% das empresas deverão buscar linhas de financiamento nos próximos 90 dias para suas atividades. Esta é uma das constatações da nova pesquisa que a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná (Cacispar), as associações empresariais afiliadas e o Sebrae realizaram para compreender os impactos econômicos causados na região, em decorrência do isolamento social para evitar o contágio da pandemia do coronavírus. Na pesquisa passada, realizada em abril, 62% informaram que teriam que pegar empréstimos. A pesquisa revelou que 28% das empresas reduziram o quadro de colaboradores entre março e agosto deste ano. Além disso, 19% dos empresários preveem demissões nos próximos três meses se o atual cenário continuar. O presidente da Cacispar, Carlos Manfroi, observa que o resultado desta segunda edição da pesquisa mostra que o cenário atual não confirmou as expectativas da primeira rodada, feita em abril, quanto a demissões, por exemplo. “A pesquisa anterior pintava um cenário bem pior. Em abril, 63% responderam que tinham a previsão de demitir. Daquele contexto, 28% efetivamente reduziram o quadro de colaboradores (entre março e agosto de 2020) e 19% preveem demissões nos próximos três meses, se o atual cenário continuar. Analisando os últimos 90 dias e as previsões, as demissões serão em menor número do que se temia, causando impacto menor na economia da região”, analisa Manfroi.

Setores mais prejudicados
O presidente da Cacispar ressalva que os resultados não são positivos, mas que demonstram que alguns setores conseguiram ter continuidade, apesar da pandemia. “A economia continuou girando. Não na proporção que se esperava, mas não parou, dando a condição de que muitos empregos fossem preservados. Segmentos relacionados a eventos e turismo sentiram muito, mas alguns outros setores até encontraram alternativas e tiveram que contratar”, resume o presidente da Cacispar.

Canal de comunicação
O gerente da Regional Sul do Sebrae, Cesar Giovani Colini, aponta que a pesquisa foi importante para abrir canal de comunicação com os empresários da região. “Estamos há seis meses afastados do nosso modelo tradicional de negócios. Era importante ouvir os empreendedores. As duas rodadas da pesquisa aconteceram em momentos distintos. Agora, temos um cenário com base nas respostas dos empresários e podemos trabalhar de forma organizada, estruturada, em condições de buscar alternativas para movimentar os setores mais impactados.” *Com informações da Assessoria de Imprensa da Cacispar

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Retomada ainda é lenta, ressalta presidente da Acimar

 JdeB – O presidente da Associação Empresarial de Marmeleiro (Acimar), Claudinei Brambilla, que tem indústria de uniformes, diz que há uma retomada gradual da economia brasileira. Mas as empresas ainda não estão contratando muitos trabalhadores até terem certeza do fim da pandemia de coronavírus. A estratégia tem sido pagar horas extras para os colaboradores a contratar mais pessoal. Conforme Claudinei, isso se explica porque ainda há um cenário de incertezas no setor empresarial em relação à economia.

A empresa de Claudinei conseguiu linha de crédito do Pronamp para fazer frente às suas obrigações. O empresário diz que, no seu caso, o Pronamp foi bom porque oferece taxas de juros bem favoráveis. Ele defende que o governo mantenha programas de crédito com estas taxas de juro (4,5% ao ano) para ajudar os pequenos empresários a empreender. A conquista de recursos do Pronamp, no caso de Brambilla, foi fundamental para não demitir colaboradores. Mas ele lamenta que muitos empresários não conseguiram porque não estavam bem organizados em termos contábeis. É que os bancos exigem uma série de garantias para conceder empréstimos. 

 

Constatações da pesquisa

– 77% das empresas têm mais de cinco anos de mercado.
– 71% das empresas têm entre um e dez funcionários.
– 54% das empresas tiveram redução no faturamento nos últimos três meses (em comparação ao mesmo período de 2019).
– 28% das empresas reduziram o quadro de colaboradores (entre março e agosto de 2020); 63% tinham previsão de demitir, em abril.
– 19% preveem demissões nos próximos três meses, se o atual cenário continuar.
– 83% das empresas possuem risco baixo ou inexistente de fechar; no cenário de abril, 50% das empresas apresentavam risco de moderado a alto de encerrar os negócios.
– 39% das empresas precisaram tomar crédito nos últimos três meses
– 34% das empresas deverão buscar financiamento nos próximos 90 dias
– 27% das empresas informaram inadimplência superior a 11%, 41% das empresas com inadimplência até 10%.

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