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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Alimentos têm alta de preços na região Sudoeste

Negócios

Dona Terezinha e o filho Edilberto foram às compras e tiveram uma boa surpresa: produtos básicos não estavam tão caros.

Mesmo assim, a cesta básica subiu 5% em Beltrão. 

A pesquisa da cesta básica feita pela Unioeste e demais parceiros nas cidades de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Pato Branco e Realeza constatou aumento de preços em agosto. O aumento mais expressivo foi em Realeza, 16,34%, seguida por Dois Vizinhos, 9,14%; Francisco Beltrão, 5,01% e Pato Branco 1,65%. O mesmo ocorreu em 13 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), ao mesmo tempo em que houve redução em quatro. O custo da cesta básica individual mais elevado foi a de Francisco Beltrão, R$ 420,79, seguida por Realeza, R$ 413,38; Dois Vizinhos, R$ 410,54 e, a de menor custo foi em Pato Branco, R$ 382,07. Se observada a determinação legal, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo deveria ser de: R$ 3.448,93, em Dois Vizinhos; R$ 3.535,09, em Francisco Beltrão; R$ 3.209,76, em Pato Branco e R$ 3.472,77, em Realeza.

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Variação de preços mais importantes
Nas cidades pesquisadas pelo grupo de pesquisa da Unioeste, o movimento dos preços apresentou um aumento para os seguintes produtos: arroz, farinha de trigo, banana, óleo de soja, leite e carne. Por outro lado, as reduções ocorrem no preço da batata e do feijão para algumas cidades. Nas cidades pesquisadas pelo GPEAD, o óleo de soja aumentou em todas, com destaque para Realeza (37,83%) e Francisco Beltrão (19,46%). A expansão da demanda interna e externa de soja aumentou a cotação do grão e seus derivados. Em Realeza e Dois Vizinhos o litro de leite teve aumentos de 21,18% e 10,89%, respectivamente.

O preço do arroz, que tem gerado muita reclamação nas redes sociais, teve alta nas quatro cidades pesquisadas, com destaque para Realeza (20,74%) e Francisco Beltrão (6,21%). Segundo o Dieese, “o aumento se deve à retração dos produtores, que aguardam melhores preços para comercializar o cereal e efetivam apenas vendas pontuais”. A carne, outro índice indispensável na mesa do brasileiro, também aumentou nas quatro cidades pesquisadas na região, com destaque para Realeza (11,82%) e Dois Vizinhos (10,8%). A alta dos preços da carne está associada a uma menor oferta de animais para abate e aumento das exportações do produto, em especial para a China.

 

Procon local reforça pedido por intervenção para conter aumentos

Da assessoria – O Procon de Francisco Beltrão, órgão integrante da Associação Brasileira de Procons (ProconsBrasil), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão Especial de Direito do Consumidor e a Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON), sensíveis com o aumento dos preços de gêneros alimentícios verificado em todo o País, que expõe de forma clara a vulnerabilidade dos consumidores durante a pandemia, encaminharam um ofício conjunto à Secretaria Nacional do Consumidor (SENACON).

O documento expõe a imediata necessidade de intervenção do poder público, em especial dos ministérios da Justiça, da Economia e da Agricultura, para a contenção dos frequentes aumentos dos alimentos que compõem a cesta básica, prejudicando a saúde financeira do consumidor.

De acordo com Helena do Couto, dirigente do Procon de Francisco Beltrão, “sem a elaboração de diretrizes governamentais não conseguiremos reverter o atual cenário econômico que demonstra um aumento de demanda por itens alimentícios, em virtude da melhoria do poder de compra, especialmente por aqueles que estavam fora do mercado de trabalho e agora passaram a receber benefício assistencial do governo e, ao mesmo tempo, um estímulo à venda de tais produtos ao exterior face a grande valorização do dólar”.

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