Negócios
*Nicolle Wilsek
Os altos valores financeiros gerados pela agropecuária brasileira no último ano nunca foram vistos, até então, e a suinocultura não está fora dessa estatística.
O ano de 2019 já havia expressado melhores resultados no valor praticado para o quilo do suíno vivo, e sinalizava-se essa projeção positiva para 2020, o que se concretizou além do esperado.
Salvo a necessidade de abastecer o mercado chinês, afetado primeiramente pelo déficit produtivo estabelecido na epidemia de Peste Suína Africana (PSA), e posteriormente pela pandemia do novo coronavírus, o maior consumo doméstico de carne suína contribuiu para o aumento das receitas do setor.
No mesmo cenário, a alta do dólar que favoreceu as exportações de soja e milho, principais insumos na alimentação de suínos, além de matéria primárias, como ferro e aço, usadas nas construções e manutenções de granjas. Toda essa conjuntura reflete em um aumento significativo do custo de produção da suinocultura paranaense, mas que ainda se sustenta pelos altos valores pagos ao suíno entregue.
Estima-se que o preço pago ao produtor continue em alta por pelo menos mais cinco anos, acompanhando a alta dos grãos e mantendo a atividade rentável nesse período.
Interpretando os resultados levantados nos painéis realizados pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, resume-se em bom momento para produtores independentes, o que não acompanha nas produções integradas, onde o custo de mão de obra e manutenções estão bem elevados, não sendo revertidos em melhores remunerações aos integrados.
*Nicolle Wilsek, técnica do Detec do Sistema Faep/Senar-PR
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