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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Construção civil já dá sinais de recuperação e apresenta evolução no número de empregados

Negócios

Foto: https://unsplash.com/photos/2DK-CP_WAuw

 

Depois de uma forte crise ocasionada pela pandemia, com paralisação de obras, aumento no preço dos insumos e falta de matéria-prima, o segmento da construção civil brasileira começa a apresentar sinais de recuperação. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que o índice de crescimento no número de empregados no setor no mês de setembro foi o maior dos últimos oito anos para este período.

O índice do levantamento divulgado mensalmente pelo CNI é representado em uma escala que vai até 100. Qualquer valor acima dos 50 representa crescimento. A pontuação de setembro foi de 50,1. Setembro foi o quarto mês consecutivo de crescimento, mostrando que os efeitos negativos da pandemia na construção civil ficaram concentrados apenas nos primeiros meses depois da chegada da Covid-19 ao Brasil.

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No ano passado, a construção civil em Francisco Beltrão cresceu 12% – o melhor resultado em 5 anos. As estimativas da indústria para o ano de 2020, antes da pandemia, eram extremamente otimistas, mas foram por água abaixo por conta das crises econômica e sanitária causadas pelo coronavírus. Por isso as evoluções nos índices apresentados são tão importantes, ainda mais considerando o contexto nacional, já que está mais caro construir no Brasil.

Mensalmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta um relatório intitulado Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), que analisa os valores gastos com construção no país. No mês passado, este índice subiu 1,71%, o que representou o maior crescimento do ano até o momento.Desde o começo no ano, o Sinapi acumula crescimento de 6,13%.

Porém, a maior parte desse aumento está relacionado ao preço dos materiais, que subiram 9,97% desde janeiro, enquanto o preço da mão de obra aumentou apenas 1,89% no mesmo período. Algumas matérias-primas apresentam enorme variação nos preços, como o cimento, que está 21,65% mais caro do que no início do ano, o que puxa o índice para o alto. Atualmente, o valor gasto na construção de um metro quadrado é R$1.229,72, em média. Este valor inclui os gastos com materiais e com mão de obra. Na região Sul do país, este valor é ainda maior: R$1.277,25.

Os equipamentos utilizados nas construções também registram aumento nos preços, muito por conta da alta demanda. A quantidade de pesquisas na internet por alguns destes materiais mostra o efeito da pandemia no setor. O cortador de piso, que pode ser usado para fazer de pequenas reformas até grandes obras, chegou a ser quase quatro vezes mais pesquisado do que no início do ano.

O segmento da construção civil é visto como essencial para a retomada econômica e terá um papel crucial em 2021 no Brasil. Por isso, todos já estão estudando as tendências do setor para o ano que vem e as estimativas da indústria estão novamente otimistas.

 

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