Negócios

A construção civil é um dos setorer da economia que vinha em ritmo forte de crescimento nos últimos meses. Mas as incertezas no mercado por causa da pandemia de Covid-19 levaram a uma queda nas expectativas do setor. O maior impacto foi em relação aos lançamentos, com projetos adiados – pelo menos por hora. Por outro lado, o nível de empregos tem se mantido por causa das obras já em andamento, cujo cronograma está sendo mantido pelas construtoras.
O empresário da construção civil em Pato Branco Clovis Padoan Filho destaca que o setor tem mantido o nível de empregos, apesar de haver mais prudência em relação a novos empreendimentos. “O agronegócio atravessa um bom momento e tem contribuído para manter os negócios em bom nível de vendas na região”. Ajudou também o fato da Construção Civil ter sido incluída na lista dos serviços públicos e atividades essenciais durante a pandemia.
A Câmara Brasileira de Construção Civil divulgou que o segmento movimentou R$ 230 bilhões em 2019, e representou 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, que foi de R$ 7,3 trilhões. Clóvis destacou que poucas obras foram paralisadas no Paraná. “No caso da nossa construtora, o cronograma das obras em andamento segue normal, paramos por este momento apenas os lançamentos que tínhamos planejado para o segundo semestre, mas não de forma definitiva, será apenas um tempo para uma releitura do mercado”, destacou.
Na outra ponta do segmento, do consumidor final, os impactos também foram medidos com a chegada do coronavírus. A associação de Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil divulgou uma pesquisa em que 45% das pessoas que pretendiam comprar uma casa ou apartamento desistiram. O lado bom da pesquisa indicou que, mesmo assim, 55% mantiveram o desejo de comprar o imóvel próprio.