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Francisco Beltrão
quinta-feira, 19 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

Desgaste, scanner e concessionária: as formas de checar a verdadeira quilometragem de um carro

Como o ‘km’ é o principal item observado por compradores, adulterar o odômetro torna os veículos mais atrativos para negócio. Prática é enquadrada como crime contra o consumidor.

Carlos, da Sudoauto, diz que adulterações são comuns, mas podem ser identificadas.

Carlos, da Sudoauto, diz que adulterações são comuns, mas podem ser identificadas.

Foto: Leandro Czerniaski/JdeB

Na hora de comprar um carro usado, a quilometragem é o principal item observado por quem está disposto a fechar negócio, por isso, adulterar o indicador torna os veículos mais atrativos e fáceis de vender. Os quilômetros rodados são uma referência para indicar a conservação do veículo: quanto mais rodado, maior será a necessidade de reposição de peças com vida útil determinada pelo uso, como amortecedores, transmissão e o próprio motor.

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Mas considerar somente o odômetro pode render muito incômodo para um comprador mais desatento. O importante também é prestar atenção no estado geral do veículo, como o desgaste de peças em contato direto com o motorista ou passageiros. “Ver como estão os bancos, o volante, pedais e a manopla do câmbio pode dar uma noção se o carro é pouco ou muito rodado”, aconselha o gerente de vendas da Chevrolet/Sudoauto, Carlos Weinforter.

Até os 50 mil km, esse desgaste será quase nulo; até os 100 mil será leve e acima disso será mais visível o uso nos pedais, volantes e bancos. Outra dica é analisar os pneus: como um jogo dura entre 40 e 60 mil km, se o painel marcar esta quilometragem, o carro deve estar com o jogo original. É possível ver se a data de fabricação do carro bate com a do pneu observando um indicador chamado DOT.

Módulos e histórico
Quando a dúvida persistir, o mais indicado é levar o carro para ser periciado, um serviço difícil de achar na região. Em oficinas mais especializadas, é possível fazer a leitura dos módulos que armazenam a informação da real quilometragem do veículo. Em carros com odômetro digital, a adulteração é feita desmontando parte do painel e com um aparelho que altera os números mostrados ao motorista.

Mas há também formas mais simplificadas de verificar quanto um carro já rodou. Basta ver o manual com as revisões do veículo e averiguar se os dados batem com o indicado no painel. Também é possível checar a informação junto às concessionárias. “No caso da Chevrolet, toda vez que o carro de um cliente entra para fazer um recall, uma revisão ou uma simples troca de óleo, é feito o processo de registro que incluiu sua quilometragem atual em um banco de dados da montadora e que toda concessionária conveniada pode ter acesso”, explica Carlos.

 

Prática é crime
Apesar de comum, a adulteração da quilometragem é considerada crime contra o consumidor. Quem for vítima da prática, pode tentar um acerto com o antigo proprietário ou vendedor e, em casos extremos, acionar o Procon ou a Justiça. Além do ressarcimento, cabem rescisão contratual e dano moral.

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