Essa adesão evitou que muitos trabalhadores fossem demitidos.
Os empreendimentos de turismo da região também utilizaram os benefícios da medida provisória do governo federal que previa a redução de jornada de trabalho, redução de salários ou a suspensão de contratos de trabalho por um período. O Recanto Mata Nativa, Thermas de Sulina e Hotel-Resort Águas do Verê se beneficiaram desta MP, já que decretos não permitiam a abertura de vários tipos de estabelecimentos devido à pandemia do novo coronavírus.

Murici Chiodelli, gerente do hotel-resort Águas do Verê, diz que nenhum dos 92 funcionários foi demitido devido à pandemia e à paralisação das atividades. A partir de 19 de março todas as reservas foram canceladas ou remarcadas.
Em abril, os funcionários ganharam férias. Nos meses de maio, junho e julho houve a redução da jornada. A redução foi para 30% da jornada diária. Neste período, o hotel-resort fez algumas adaptações para manter o funcionamento interno e os serviços de manutenção.
O empreendimento turístico de Verê voltou a funcionar dia 14 de agosto, mas adotou uma série de medidas preventivas contra o contágio do novo coronavírus entre hóspedes e funcionários.
Mata Nativa
O Mata Nativa, parque aquático e recanto, de Marmeleiro, adotou a suspensão dos contratos por 60 dias. Foram incluídos na redução de jornada e salários quatro funcionários e um entrou em licença saúde e ficou de fora.
Sítio Fiss
O Sítio Fiss, recanto e parque aquático de Pérola D’Oeste, manteve os 15 funcionários e não aderiu à MP. O pessoal acabou trabalhando na manutenção do empreendimento turístico e nos serviços de reforma.
A retomada das atividades está marcada para o dia 5 de setembro. Na semana passada, William Fiss, gerente, disse que ainda era preciso se reunir com a Secretaria de Saúde para definir as medidas preventivas que serão adotadas para prevenir contra o contágio do novo coronavírus.
Thermas de Sulina
O Thermas de Sulina, no município de Sulina, está fechado desde o dia 20 de março, quando empresas de diversos segmentos suspenderam os atendimentos como forma de prevenção contra a disseminação do novo coronavírus.
O Thermas de Sulina fechou dia 20 de março, manteve os 25 funcionários e aderiu à MP de redução de jornada de trabalho e salários. Porém, as despesas fixas se mantiveram — água, luz, entre outras. Durante o período de fechamento do Thermas houve a continuidade dos serviços administrativos e de manutenção do parque aquático e demais ambientes.
Agora, todos os funcionários retornaram ao trabalho e terão mais quatro meses de estabilidade conforme prevê a MP. Na primavera-verão, o empreendimento turístico chegava a receber de 1.500 a duas mil pessoas aos sábados e domingos. O diretor Paulo Baraldi considera prematuro reabrir o Thermas, mesmo que seja para atender 500 pessoas. A preocupação é com a possibilidade de, eventualmente, ser penalizado pelas autoridades sanitárias por algum problema.
Os trabalhos diários foram retomados no Thermas, mas há uma série de procedimentos que foram adotados.
Na entrada para as atividades, há a verificação da temperatura do colaborador, exigência do uso de máscara e disponibilidade de recipiente de álcool em gel em vários locais. “Nós estamos atrelados ao que diz a lei estadual”, salienta Paulo.
A estrutura do Thermas de Sulina está pronta para reabrir, mas a direção aguarda a emissão de normas de órgãos sanitários para os empreendimentos turísticos.