
Após registrar alguns números negativos nos últimos anos, o mercado imobiliário brasileiro iniciou uma boa retomada nos últimos 12 meses, com indicadores de crescimento. Em um olhar nacional, de acordo com dados do indicador Abrainc-Fipe, os lançamentos de novos imóveis totalizaram 68.808 unidades entre janeiro e novembro de 2017, registrando uma alta de 15,1% se tivermos como base o mesmo período do ano anterior. Ou seja, em 2017 o mercado imobiliário colocou à venda 15% mais imóveis novos do que em 2016.
Neste contexto, de acordo com Mário Paes Landim, advogado da MPLandim, escritório especializado em direito imobiliário, o consumidor pode tirar alguma vantagem, mas deve também conhecer as formas de financiamento, as opções de juros, os prazos, saber se é possível trocar de financiador caso, no meio do caminho, os juros baixem em outro banco e qual a política de abatimento dos juros se houver quitação do saldo devedor.
“A relação com o financiador é muito longa, e equivale a quase um terço de uma vida em financiamentos longos, de modo que certos cuidados não podem ser deixados de lado, sendo assim, o seguro em caso de perda de renda ou em caso de morte do principal pagador também é desejável”, destaca Landim.
Ainda é importante para o consumidor, ao buscar uma boa oportunidade de negócio, analisar com total objetividade suas condições pessoais e questões simples como: onde quer morar, quanto tem para dar de entrada, quem morará no imóvel, como está sua estabilidade financeira, como vai conseguir pagar e qual a prestação que poderá pagar.
Setor otimista na região
O otimismo do mercado imobiliário nacional também reflete na região Sudoeste. O coordenador do Núcleo Imobiliário da Acefb, José Carlos Vieira, diz que o ano iniciou com uma melhora em relação a 2017, mas que a recuperação do setor está ligada à baixa dos juros e liberação de crédito.
“A promessa é de um ano positivo em relação aos anteriores, acompanhando uma tendência de melhora na economia, mas ainda é necessário que as instituições financeiras e o governo destinem mais recursos para financiamentos, que é o carro chefe das vendas hoje, e os juros baixem para o consumidor”, analisa. (*Com informações da assessoria)