O setor de indústrias de confecções do Sudoeste do Paraná encerrou o primeiro semestre de 2022 com 8.237 empregos, uma evolução de 6,35%. Em junho, o saldo entre contratações e desligamentos apontou a abertura de 21 novas vagas e evolução de 0,26% no número de postos de trabalho. Foi o mês de menor criação de novas vagas no segmento. Porém, em Francisco Beltrão as indústrias do setor têm muitas vagas e nem sempre conseguem preenchê-las.
No Paraná, em junho, foram gerados 347 novos postos de trabalho no setor. Mas duas indústrias de Francisco Beltrão necessitam de mais funcionários para suas atividades. Na região, os municípios de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Pinhal de São Bento e Salgado Filho superaram as perdas de vagas em indústrias de outros municípios da região
Mais trabalhadores
No começo do ano o setor empregava 8.216 funcionários na região. Apesar disso, há indústrias que estão necessitando contratar mais funcionários para fazer frente às suas demandas. No setor industrial, o segmento de confecções é o campeão em geração regional de empregos.
Nos próximos dias um mutirão de contratações da Confecções Raffer, em parceria com o Poupa Tempo do Bairro São Miguel e Agência do Trabalhador, será promovido visando a contratação de 50 pessoas.
Pampa Sul em expansão
A indústria de confecções de bombachas Pampa Sul, com unidades em Beltrão, Flor da Serra do Sul e Manfrinópolis, emprega 104 colaboradores. No começo deste ano, a Pampa Sul tinha cerca de 46 funcionários em sua indústria de Beltrão e no primeiro semestre contratou mais 20 colaboradores para os setores de linha de produção e administrativo. “Tem bastante vagas. A necessidade é grande”, adianta Rudinei “Rudi” Ferrari, diretor da indústria.
Rudi conta que a demanda no segmento de bombachas está aquecida desde 2020. “Como o nosso setor é um nicho de mercado, durante a pandemia e pós-pandemia, pra nós Pampa Sul houve uma inversão, porque como no Paraná não tem outros concorrentes, em Santa Catarina tinha uma ou duas, e no Rio Grande do Sul tinha mais, alguns acabaram desistindo ou parando por algum motivo. Por isso, a nossa demanda aumentou muito.”
Mais empregos no pós-pandemia
Durante a pandemia e no pós-pandemia a indústria vem contratando mais colaboradores. “E agora, no pós-pandemia, estamos pedindo pessoas pra trabalhar, como outras indústrias também precisam de gente.”
A indústria tem contratado até pessoas que não têm experiência.
Jackeline Passod, 24 anos, casada, e o marido, que trabalha em empresa do comércio de pneus, migraram há sete meses de Salgado Filho para Francisco Beltrão. Em Salgado Filho, Jackeline trabalhou durante anos numa indústria de confecções.
Em junho, ela foi à Pampa Sul se candidatar a uma vaga e acabou contratada. “Eu vim num dia e no outro já comecei a trabalhar.” Jackeline Passos diz que gosta da atividade de costureira. O sonho é crescer na empresa.
