Inicialmente o material era usado em obras industriais, mas sua versatilidade e capacidade de resistir a chuvas de granizo conquistaram também pequenos projetos.

Maich Lampugnani, da Bertovel: “Sempre que há tempestade com granizo, procura pelas chapas aumenta”.
Foto: Leandro Czerniaski/JdeB
Ela é tão leve quanto as telhas de fibrocimento, pode ser tão resistente quanto às de concreto e ainda é possível fazer um telhado aparente bonito como os com telhas de barro. Falamos das chapas de aluzinco, um material que vem sendo utilizado com cada vez mais frequência em obras menores, como a construção de casas, sobrados e pequenos espaços.
Inicialmente, o uso mais comum destas chapas era a indústria, já que o material atendia os requisitos destes tipos de edificações: grande área a ser coberta com material resistente, leve e de fácil instalação. Mas nos últimos três anos o aluzinco também passou a ser uma alternativa para residências e pequenos prédios.
“Existem modelos de chapa com moldes diferentes e que podem até imitar telha e receber pintura, sendo uma boa alternativa, também, em termos estéticos”, explica o vendedor da Bertovel, Maich Lampugnani. A venda do aluzinco para residências vem crescendo e nas últimas semanas alcançou a mesma proporção de negócios para obras industriais.
Segundo Maich, a durabilidade das chapas varia conforme as condições a que está exposta, como a amplitude térmica diária e se o uso é residencial ou industrial. Em condições mais severas, as chapas terão uma vida útil de pelo menos 8 a 10 anos. Seu preço, também, ajudou a popularizar o aluzinco: o m2 custa de R$ 24 a R$ 70, dependendo do modelo.
As chapas são confeccionadas a partir da mistura de silício, alumínio e zinco e passam por um processo de galvanização para resistir à oxidação. Um dos pontos fracos deste tipo de material é a absorção de calor, o que tornava os ambientes mais quentes, dependendo da intensidade solar; mas este ponto foi superado com a colocação de uma camada de isopor sob a chapa, o que torna a cobertura mais eficiente em termoacústica.
“Também conseguimos fazer a cobertura colocando mais uma chapa abaixo da camada de EPS — é a chamada telha sanduíche — permitindo um acabamento que dispensa a colocação de forro”, detalha Maich. Apesar de ser durável, versátil, leve, barato e térmico, as chapas têm um ponto negativo: quando são colocadas em áreas abertas, a força do vento pode arrancar a chapa por inteiro (e não somente uma peça pequena como acontece com outras telhas), mas tudo depende também da forma de fixação e da proteção da cobertura (como, por exemplo, com platibanda).
Resistência ao granizo
Quando se fala em granizo, porém, o aluzinco é uma das melhores opções para regiões vulneráveis à queda de pedras de gelo. Na Bertovel, as vendas explodiram neste mês, após a chuva de granizo que aconteceu há 30 dias. “Sempre que temos um evento climático, como o granizo em municípios próximos, há uma procura maior porque as chapas se mostram uma alternativa melhor que outros materiais”, conta.
As coberturas de aluzinco suportam a queda de granizo sem quebrar, apenas amassando parte da chapa. Essa resistência torna o material bem aceito em residências que, por exemplo, usavam o fibrocimento: é possível instalar as chapas usando a mesma estrutura e ripamento.