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“Ele brincou mais com a caixa do que com o presente”, “depois de uns dias, já enjoou”, “usamos tão pouco e agora não serve mais”. Muitos pais já se depararam com a realidade dessas frases no universo de desenvolvimento de uma criança. Dar presente, encher de brinquedos e objetos divertidos é um ato de carinho, mas nem sempre o investimento “se paga”, pois os pequenos crescem rápido e demandam muita novidade em cada fase.
Foi pensando nesse e em outros conceitos que as mamães e amigas Gabriela Perin Scopel e Caroline Coelho Andretta resolveram empreender e criaram a Brinquedoteca, empresa especializada em aluguel de brinquedos e equipamentos. A loja on-line foi inaugurada em outubro de 2019 e também tem o papel de contribuir com a renda familiar e fazer com que as sócias conciliem o trabalho com a maternidade — ambas têm filhas pequenas.
“Sentimos a necessidade de trazer uma ideia nova para a nossa região, buscando priorizar o consumo consciente e compartilhado de brinquedos. Como mães, vimos que é preciso ter cuidado para acabar na~o prejudicando o desenvolvimento das nossas filhas com os excessos de brinquedos. A solução seria alugar, pois ensina desde cedo o consumo compartilhado. É uma ideia sustentável, em que não há mais o acúmulo de brinquedos e o bebê ou a criança tem sempre uma novidade com estímulos diferentes”, contam as empresárias.
Outro fator levado em consideração é que brinquedos novos são caros, ainda mais quando têm componentes eletrônicos ou estão na moda, e o risco de que acabem encostados depois de alguns dias de uso é grande. “Uma outra vantagem do aluguel é poder testar se o seu filho realmente vai se interessar pelo brinquedo e, ai´ sim, comprar com segurança.”
“Condicional de brinquedo”
A experiência foi feita pelos papais Gislaine Lise e Helder Borges com Leon, de 2 anos e 10 meses. Como é o primeiro filho do casal, claro que o pequeno já recebeu muitos mimos e os pais já estavam até juntando dinheiro para comprar um carrinho elétrico quando encontraram a opção de alugar na Brinquedoteca.
“Eu já tinha tido essa conversa com meu marido, do preço de alguns brinquedos e do medo de pagar tão caro sem saber se a criança ia gostar ou não, até dizia que devia existir o ‘condicional de brinquedos’. Nós pegamos [o carrinho elétrico] por 30 dias para experimentar, sentir se o Leon ia gostar e analisar se futuramente valeria o investimento. Ele amou, se divertiu muito e, depois de umas três semanas, já estava enjoando”, conta Gislaine.
O resultado, afirma ela, é a certeza que “o aluguel é a melhor opção, é mais prático, barato, sustentável e até mesmo ‘saudável’ para a criança, que não fica com tanto brinquedo acumulado. Atualmente, estamos com a cama elástica e tá sendo um sucesso também”.
Como funciona
o aluguel
Os aluguéis da Brinquedoteca são quinzenais para carrinhos de passeio e mensais para outros brinquedos e equipamentos — atendem a faixa etária do RN até os 6 anos. O cliente assina um contrato de locação e pode renovar até duas vezes. Estão disponíveis desde bomba extratora de leite, babá eletrônica, andadores, cangurus, tapete de atividades e jumpers (pula-pula) até brinquedos para idades mais avançadas, como escorregador, cama elástica e carrinho elétrico. A empresa entrega e busca os brinquedos.
Em tempos de pandemia, a atenção está também na higienização dos itens. “Nós desmontamos os brinquedos, higienizamos com sabão neutro e álcool a 70%, montamos e embalamos. Por isso, é 100% seguro alugar”, destacam as proprietárias. A Brinquedoteca logo ganhará um site, mas, por enquanto, os atendimentos são feitos pelo Instagram (@brinquedotecafb) e pelos telefones (46) 9 9914-7452, com Caroline, e (46) 9 9912-4529, com Gabriela.
