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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Mesmo abertos, restaurantes sentem impactos da crise do coronavírus

Queda no faturamento já provoca demissões no setor.

Os restaurantes reabriram na semana passada em Francisco Beltrão, mas o movimento está bem abaixo do anterior.

Demissões poderão acontecer.

Restaurantes, churrascarias e lanchonetes de Francisco Beltrão voltaram a funcionar normalmente na semana passada, quando um novo decreto flexibilizou a abertura destes estabelecimentos permitindo o atendimento ao público. No entanto, o movimento nem se compara ao do período pré-pandemia e proprietários já calculam como adequar os custos à nova demanda, focam em inovações e até projetam demissões.

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É o caso da família Mafessoni, que possui quatro unidades na cidade. Durante as semanas em que não era permitido atendimento ao público, os proprietários trabalhavam com delivery a partir de dois restaurantes, mas a expectativa de que as coisas voltassem a normalizar com a reabertura foram frustradas. “Em uma unidade a gente depende muito das aulas, em outro é mais o pessoal do comércio, só que aí com toda essa adequação que as empresas fizeram, com mais gente trabalhando de casa, estudantes sem ir à escola e até a estocagem de alimentos que muitas famílias realizaram impactaram na queda no movimento”, contam Rafaela Ampolini e Marcia Mafessoni. Elas estimam que nesta semana o movimento seja entre 10% e 20% do que era antes da pandemia de coronavírus.

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Para o empresário Elto Maronezi, da Marabá, o baque é ainda maior: além da redução do movimento da churrascaria em até 70%, eventos que estavam agendados para o Centro de Eventos foram cancelados até junho. “Para algumas formaturas e seminários que estavam marcados ainda estamos conversando pra tentar jogar pro segundo semestre. Já reduzimos jornada e vamos ter que dispensar, o que é um último recurso, mas porque não tem mais como manter toda a equipe”, comenta.

A principal preocupação do setor é que não há no horizonte uma perspectiva de que o movimento se normalize em um curto período. Isso porque as autoridades preveem o pico da pandemia para maio e a continuidade de medidas restritivas e protetivas até agosto. Todo esse cenário, na visão do proprietário do Armazém Brazuka, Heverton Zamprogna, acaba inibindo as pessoas de frequentar ambientes públicos, mesmo tomando cuidados. “A tendência é de que o movimento se mantenha assim até passar o risco de contágio porque as pessoas estão apavoradas, com medo de sair de casa por algo que não consideram uma necessidade básica”, avalia. Heverton havia dado três semanas de férias para parte dos funcionários e manteve atendimento com delivery durante o início da quarentena. Ele reabriu na terça, mas com movimento bem menor.

Rafaela e Márcia, do Restaurante Mafessoni: movimento bem abaixo do normal.

Fotos: Leandro Czerniaski/JdeB

 

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