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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Moedas sumiram do comércio

O programa anual de produção de moedas para 2020 do BC prevê 600.192.000 novas unidades.

Olhe no console do seu carro, se tiver alguma moeda coloque no bolso e na próxima compra entregue como forma de pagamento.

O comércio beltronense nunca enfrentou tamanha escassez de moedas metálicas como agora. O fenômeno é conhecido como entesouramento, quando ocorre falta de circulação de moedas por estarem perdidas ou esquecidas.

O problema vem de tempo, mas a dificuldade para dar o troco aos consumidores se acentuou nos últimos meses. E não foram só moedas, o Banco Central (BC) também constatou que o brasileiro passou a guardar mais dinheiro em espécie (cédulas em geral) em casa em virtude das incertezas da pandemia do novo coronavírus.

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Conforme o BC, o volume de papel moeda mantido em poder da população saltou de R$ 216 bilhões para R$ 240 bilhões logo no início da pandemia, entre março e abril. E essa reserva de emergência continuou subindo com o passar do tempo, chegando a R$ 259 milhões em maio, a R$ 273 bilhões em junho e ao recorde de R$ 277 bilhões em julho.

Idemar Scalssavara, gerente geral da Caixa Econômica de Francisco Beltrão, afirma que os bancos também estão com dificuldade para obter moedas metálicas. “Não estamos recebendo novas moedas, muitos clientes estão procurando, e é difícil fazer um diagnóstico, provavelmente a falta de circulação é pelo fato das pessoas guardarem em casa.”

O programa anual de produção de moedas para 2020 do BC prevê 600.192.000 novas moedas. Os maiores volumes são justamente para as moedas de menor valor, com 170.240.000 moedas de R$ 0,05 e 167.424.000 moedas de R$ 0,10.

 

Pagamento com cartões ameniza o problema 

Everton Crestani, gerente do Vipi Supermercados, diz que nem nos bancos se encontram mais moedas. Para amenizar, os supermercados adotam o arredondamento do troco, oferecem balas ou chicletes ou dão troco a mais para o consumidor.

Outro fator que ajuda, segundo ele, é que os pagamentos com cartão já representam 50% da movimentação financeira. Everton acredita que as moedas estão armazenadas nos cofrinhos e a escassez vem de longa data, antes mesmo da pandemia.

Luciane Perdoncini, gerente do Supermercado Mano Manfroi 2, salienta que a empresa sempre coloca cartazes pedindo que os clientes levem moedas ao fazerem suas compras. “Mas são bem poucos que trazem as moedas. Muitos ficam guardando como se fosse uma forma de economizar e assim acabam deixando o comércio sem”.

Ela reforça que o uso de cartão para pagamentos abrandam bastante a falta de moedas.

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