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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Na região, demanda é menor, aumentaram os preços e há demora nas entregas

Negócios

O cobre teve aumento considerável nos últimos meses devido à falta de matéria-prima nas indústrias para a fabricação do produto.

Os presidentes do Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Pato Branco (Sindicomércio), Ulisses Piva, e de Lojistas de Francisco Beltrão (Sindilojistas), Vilmar Bottin, fazem uma análise diferente sobre os índices de venda.

Ulisses ressalta que os índices de crescimento nas vendas, na região, são menores do que os divulgados pelo Governo do Estado. “Com o achatamento da curva de casos de Covid-19 e a liberação gradual de várias atividades, temos a esperança de que ocorra uma recuperação maior.”

Ele diz que “o que nos preocupa muito é a alta taxa de desemprego, que acaba tendo reflexos negativos na economia”. Ulisses salienta que boa parte dos setores econômicos está sobrevivendo graças aos programas de auxílio dos governos federal e estadual.

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Visão diferente
Vilmar Bottin, do Sindilojistas, faz uma ressalva em relação ao estudo do Governo do Estado que aponta aumento nas vendas. Lembra, também, que houve aumento de preços de produtos para o segmento de varejo.

“Essa pesquisa é a nível de Estado. Na nossa região, não significou tanto quanto em outras regiões. Mas o Estado também faz um apanhado em função de valores. As mercadorias tiveram um aumento de preços que estão em percentuais. Às vezes, também, não significa em quantidade, mas em valor devido ao aumento das mercadorias. Tem esses dois lados pra serem analisados. No nosso setor [venda de produtos agropecuários], tem mercadoria que subiu 10, 20, 30, 40%. Pega o cobre, subiu 80% em valor. Isso também não significa que seja um aumento real de venda, de quantidade, mas de valor monetário”, analisa.

Falta de produto
Vilmar relata que está havendo muita falta de mercadoria no setor do comércio. Cristiano Menegatti, gerente da loja da Flessak Materiais Elétricos e Hidráulicos, concorda que está faltando materiais para venda ao consumidor.

A empresa teve um crescimento nas vendas de 20% a 30% entre julho e agosto. Para setembro, Cristiano projeta um faturamento menor porque estão faltando produtos para repor o estoque. Há grande procura por mercadorias nos segmentos de materiais de construção e elétricos em Beltrão e região.

Mas Cristiano cita alguns problemas: está demorando a entrega de produtos das distribuidoras e indústrias e, consequentemente, há uma demora em atender os clientes. Esse problema vem ocorrendo no segmento. “É uma consequência da pandemia”, ressalta.

As indústrias também enfrentam obstáculo na reposição das matérias-primas para a fabricação de seus produtos. E os produtos que vêm dos fornecedores estão chegando com preços maiores para as empresas do varejo. Está havendo uma média de 30% de aumento.

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