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Teve quem se programou, desde sexta-feira passada, para repor os canteiros vazios da horta com novas verduras, confiando na previsão do tempo que era de chuva todos os dias, até o Natal. Mas as previsões não estão se confirmando, e o que é pior: quando era pra chover, não é que chove menos, simplesmente não chove.
Sábado, dia 12, a previsão do Simepar para Francisco Beltrão era de chuva em 14 dos seguintes 15 dias. O único dia sem chuva seria o 25, Natal. E o total de chuva do período seria de 158 milímetros.
No domingo, dia 13, a previsão havia mudado. Dos dois milímetros previstos para sábado, não caiu uma gota. A previsão do domingo se mantinha, mudando apenas de 4,7 para 4,1 milímetros.
No fim do dia, em algumas partes do município choveu, mas no Centro, nada.
A previsão para os próximos 15 dias mudava. Em vez de um dia sem chuva, a meteorologia estava prevendo quatro dias, incluindo, além do dia 25, também os dias 17, 21 e 22. E o total previsto para o período aumentava de 158 para 187 milímetros, quer dizer, grande volume de chuva estava por vir.
A previsão para ontem, que sábado era de 8,1 mm e domingo subia para 28,9 mm, havia zerado. Daqueles 13 dias seguidos de chuva previstos, os três primeiros passavam sem chuva. E a previsão para os 15 dias seguintes baixava de 187 para 107 milímetros (veja quadro).
Para hoje, sábado tinha previsão de 30,4 mm, domingo baixava para 17,3 e ontem, para 10 mm.
Em algumas regiões tem chovido mais
A engenheira agrônoma Lilian Furlan, que é Destaque do Ano na promoção Jornal de Beltrão/Acefb/CDL, percorre o interior de Beltrão e outros municípios da região. Ela observa que os arredores da cidade estão entre as regiões onde menos chove. No Assentamento Missões tem dado boas chuvas, mas Lilian comenta que “no Jacutinga, por exemplo, está feia (a falta de chuva), mas não tanto como aqui”.
Mesmo onde tem chovido mais, ainda é pouco, fica bem abaixo da média histórica. “Está bem complicado, nós temos feito projetos de financiamento e vemos agricultores que já estão entrando com pedido de Proagro (seguro agrícola), porque plantaram, mas 60 dias após ainda não tinha chovido, o milho mal nasceu e não desenvolve”, conta Lilian Furlan.
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