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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Oficinas não sentem efeitos da pandemia e estão recontratando para dar conta dos serviços

Empresas do setor também sentiram o baque do fechamento do comércio, em março e abril, mas recuperação está sendo rápida.

Izaías Dalzotto, proprietário da Mecânica Avenida: mais demanda com caminhões, menos com ônibus e vans.

Foto: Leandro Czerniaski/JdeB

O mercado de reparação automotiva parece passar à margem da crise do novo coronavírus. Ao menos em Francisco Beltrão, onde empresas foram afetadas pelo fechamento no início da pandemia, mas já recuperaram o ritmo de serviços e estão até ampliando o quadro de funcionários.

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O empresário Paulo Sergio da Silva, o Paulinho da Animacar, chegou a dar férias coletivas, mas como a procura pelos serviços de funilaria e pintura estavam muito abaixo do normal, teve que demitir três colaboradores. Agora, está programando o preenchimento das vagas, dado o aumento repentino na demanda. “Tá a melhor época de todos os tempos. Estamos recebendo muitos trabalhos de seguradoras e também percebi que muitas pessoas, ao invés de trocar de carro, estão consertando pra ficar por mais algum tempo”, relata.

Quem também vai restabelecer a equipe de antes da pandemia é a Colono Auto Ar, que demitiu um colaborador e agora vai recontratar. “O movimento poderia ser maior pelo ritmo que vinha no começo do ano, mas já podemos dizer que normalizou em relação aos anos anteriores e deu pra recuperar um pouco daquele período de fechamento total, em março e abril”, conta o proprietário Deives Armachuski.
Na Automix, não foi preciso demitir, e se a demanda se mantiver os proprietários avaliam contratar mais. O centro automotivo sentiu o baque do fechamento do comércio, mas aos poucos os clientes foram voltando. E, mesmo com as medidas preventivas, pouca coisa mudou na rotina do local, segundo o sócio Bruno de Bona: “Já ficavam poucos clientes aqui durante os serviços, a maioria deixa o carro ou a gente vai buscar; também usávamos capa descartável no volante, bancos e manopla, algo que continua junto com a adoção de máscaras, o distanciamento maior e disponibilização de álcool em gel”.

Caminhões circulando; ônibus parados
Parece um contrassenso que no período em que deveria haver menos circulação de veículos a demanda por serviços automotivos esteja em níveis normais, no entanto, para o setor pesado não houve redução de trabalho. O proprietário da Mecânica Avenida, Izaías Dalzotto, explica que produtos continuaram sendo transportados e, junto à safra recorde, a movimentação de caminhões foi intensa. “O reflexo é possível perceber aqui na oficina. Tivemos muitos altos e baixos nesses 44 anos que trabalho com manutenção, mas hoje está dentro do normal, a inadimplência até reduziu. Ainda temos uns 30% de serviços do pessoal de vans e ônibus que tá totalmente parado, mas ainda assim o restante está se compensando”, diz.

Oficinas mecânicas não sentem o efeito da pandemia e estão recontratando pessoal.

O que muda é que aumentou a demanda de caminhões e baixou de ônibus e vans.

 

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