Negócios

O professor Robson Faria, especialista em Administração de Empresas e coordenador do curso de Administração do Centro Sul-Americano de Ensino Superior (Cesul), entende que o momento é de cautela para fazer investimentos no mercado financeiro.
Robson afirma que “o avanço do coronavirus vem devastando a economia. Antes mesmo da pandemia se alastrar pelo País, a Bolsa de Valores (B3) despencou, desvalorizando ações das empresas e o capital de muitos investidores”.
O professor faz coro aos analistas econômicos de veículos de comunicação que consideram que as medidas econômicas demoraram para ser implementadas em favor das empresas e cidadãos. “Os esforços do governo para salvar as empresas é louvável, contudo, a burocracia atrasa medidas ágeis e efetivas. Por isso, as pessoas devem apertar o cinto, economizar ao máximo nas despesas diárias e negociar dívidas.”
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Reparcelar débitos
Conforme Robson, existe um consenso entre credores em reparcelar as dívidas. Bancos, lojas e governos sabem que é o momento de ajudar e garantir o recebimento assim que essa crise passar.
E para quem investe no mercado financeiro, o professor afirma que o momento é de prudência. “Deve-se aguardar o movimento dos setores após o pico da pandemia. Alguns indicadores apontam que ativos ligados ao agronegócio tendem a sofrer menores impactos e recuperar antes”.
Ele lembra que as indústrias de alimentos também não pararam a produção “e, apesar da lentidão dos negócios, são essenciais nesse momento e após a pandemia. Imóveis, dólar e ouro são investimentos seguros nesse momento, apesar da liquidez”.
Para as pessoas que querem comprar ações, o coordenador do curso de Administração do Cesul faz algumas indicações e ponderações. “No entanto, quem está propenso ao risco [de investimentos], pode optar por ativos mais impactados pela crise como lojas de varejo e empresas de turismo, entende-se que o valor dessas empresas está bem abaixo e, uma retomada econômica pós pânico pode gerar bons lucros”.