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Francisco Beltrão
quinta-feira, 05 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

Práticas para a melhoria dos negócios das MPEs discutidas em encontro

Negócios

Apresentações de boas práticas, experiências de sucesso, além de estratégias para crescimento e fortalecimento de micro e pequenos negócios como meio de promoção do desenvolvimento de munícipios e do Estado, foram pauta do Encontro do Sistema de Melhoria de Ambiente de Negócios do Paraná, quarta e quinta-feira (12 e 13/09), no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. O evento, organizado pelo Sebrae/PR e Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Paraná (Fopeme), com apoio do governo estadual, reuniu membros de 118 comitês locais e 19 comitês territoriais de desenvolvimento de ambiente para pequenos negócios no Paraná.

Abrindo a agenda de painéis, César Rissete, gerente da Unidade de Ambiente e Negócios Empresariais do Sebrae/PR, fez um resumo do trabalho que a instituição realiza para desenvolver o ambiente de negócios no Paraná. Segundo ele, houve muitos avanços, especialmente do ano passado para cá, após um ano da entrega da Carta Paraná – documento elaborado pela sociedade empresarial e membros de comitês municipais e territoriais, durante o 2ª Encontro Estadual das MPEs.

“Ainda há muito que avançar. E a evolução vem a partir da base, com o desenvolvimento dos municípios e dos territórios. As micro e pequenas empresas são essa força, representando 32% do nosso PIB. Por isso, políticas que apoiem os pequenos negócios são prioritárias, e a responsabilidade nesse sentido é coletiva”, defendeu.

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Com a palestra “Desenvolvimento Local”, Bruno Quick, gerente da Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do Sebrae Nacional, constatou pontos na administração pública que entravam o processo. “O Brasil se preocupa muito em crescer e pouco em se desenvolver. O que reúne pessoas e instituições é o interesse comum em torno de objetivos compartilhados, mas, primeiro, o desenvolvimento tem que se tornar uma prioridade na pauta da administração pública”, avalia.

No painel “Inovação no ambiente de negócios”, participaram Claudecir Antonio dos Santos, do Sistema Regional de Inovação – Oeste em Desenvolvimento – Inova Oeste; Leandro Carinoni, diretor da Fundação CERTI, organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos de Florianópolis – SC; Gilberto Lima, do Tecpar, integrante do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) do Fopeme; e a consultora do Sebrae/PR,  Ana Lucia de Souza. Com o tema “Associativismo Empresarial”, o debate reuniu Paula Delgobo, da Rede Gastronômica dos Campos Gerais; Márcio Fernandes de Morais, secretário executivo da Associação das Indústrias de Metais Sanitários de Loanda (AIMES) e a consultora do Sebrae/PR, Vania Cruz.

De acordo Marcio Fernandes de Morais, de Loanda, o associativismo tornou a região muito mais forte e competitiva. “A região de Loanda viu na indústria de metais sanitários uma alternativa para fortalecer a economia local. O associativismo fomentou o desenvolvimento de uma região de 12 municípios, e não só das quatro cidades onde estão as indústrias. Unidos, saímos do anonimato e, hoje, a região é considerada a maior concentração de empresas de torneiras do Paraná e a segunda maior do Brasil”, diz. A produção de torneiras corresponde a 47% do PIB da região e emprega diretamente 2.300 pessoas.

Morais ainda avaliou o evento como uma ótima oportunidade de fomentar a união entre o empresariado. “O associativismo traz uma preocupação conjunta de nos reinventarmos e inovarmos. A união faz a força, e as parcerias e o trabalho do Sebrae têm nos dado condições nesse sentido”.

Coordenado pela consultora do Sebrae/PR, Rosangela Angonese, outro painel abordou o tema “Educação Empreendedora”, trazendo cases de sucesso do ensino fundamental até o superior. Participaram Maria Silvia Bacila, secretária Municipal de Educação de Curitiba; Luciani Coutinho Louza, da Secretaria Municipal de Educação de Londrina; Luciana Maria Santos Ferraz, do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz (FAG), de Cascavel; e Cândida Carvalho Junqueira, integrante da Fopeme.

O último painel “Melhoria do Ambiente Legal por meio da Simplificação e Desburocratização”, contou com a participação do consultor do Sebrae/PR, Amberson Bezerra da Silva; Tônia Mansani, coordenadora de Fomento ao Empreendedorismo e Inovação da Secretaria de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional do Município de Ponta Grossa; Andréia Barros, secretária municipal de Indústria, Comércio e Turismo de Planalto; Juliana Scherer Kobs, diretora do Departamento de Tributação de Planalto; e José Mario Doria, integrante da Fopeme.

Andreia mostrou os avanços na agilidade dos processos desde a implantação da Redesim no município da região sudoeste do Paraná, fronteira com Argentina. “A abertura de uma empresa levava cerca de 120 dias; hoje, na maioria das vezes, é feita no mesmo dia, quando muito, em até duas semanas. Além disso, com a chegada da Sala do Empreendedor dentro da Prefeitura, todo o processo é feito em um só lugar. Desta forma, os atendimentos passaram de 1543, em 2016, para 2469, até agosto deste ano. Isso tudo graças ao entrosamento de todos os órgãos, que estão dispostos a se ajudar e facilitar a vida do empreendedor”, avalia a secretária.

O Encontro do Sistema de Melhoria de Ambiente de Negócios do Paraná reuniu 350 lideranças de todo Estado para aprofundar o debate em torno do desenvolvimento econômico com foco nos pequenos e negócios, bem como trocar experiências e debater políticas públicas na área.

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