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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Restaurantes ainda não recuperaram movimento de antes da pandemia

A realidade é parecida: os clientes estão retornando aos poucos e as equipes estão trabalhando em horários reduzidos.

Nesse restaurante, o álcool em gel está disponível também no bufê.

Há três meses, após um período de fechamento total visando conter a disseminação do coronavírus, restaurantes, lanchonetes e churrascarias voltaram a funcionar quase normalmente em Francisco Beltrão. A reabertura aconteceu com restrição de horário e adoção de medidas de segurança, mas não foi o suficiente para recuperar o movimento de antes da pandemia.

Em três estabelecimentos consultados pelo Jornal de Beltrão, a realidade é parecida: os clientes estão voltando aos poucos e as equipes estão trabalhando em horários reduzidos, alternativa para evitar as demissões. “Não sei quando vai voltar ao normal. Nós estamos atendendo 30% do que era antes e não dispensamos funcionários, mas estamos com todos os horários reduzidos”, comenta Marcia Maffessoni Antolini, da rede de restaurantes Maffessoni.

No Duet’s, a venda de marmitas aumentou no início da pandemia, quando as pessoas estavam ficando mais em casa, mas o movimento no restaurante continua abaixo do normal. “Ainda continua lento. Acredito que diminuiu uns 30, 40%. À noite a procura é menor ainda”, relata Franciane Brancalione. Outro impacto sentido pelo restaurante, segundo Franciane, está relacionado aos eventos. O Duet’s servia até cinco festas por final de semana e, agora, não tem nenhum.

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O delivery também surgiu como uma possibilidade de renda, mas não deu certo para todos. “Nós já entregávamos para bancos, alguns comércios, mas tentei implantar [delivery] e pra gente não funcionou. Acho que pra quem já tinha, tenha funcionado melhor”, avalia Marcia.

Para Alencar De Conto, do Pequim, o delivery ajudou no faturamento do restaurante da Avenida Porto Alegre; já no do shopping, que ficou mais tempo fechado, não foi possível manter as entregas. “Conseguimos recuperar o movimento de 65, 70% aqui em cima, onde temos tem bufê livre e, à noite, à la carte e continuamos com o delivery. No shopping, está longe de retomar”, afirma o empresário.

Ele sugere que o horário de atendimento poderia aumentar até as 23h, para atender melhor os clientes: “Importante não sofrer um lockdown novamente, estando aberto, a gente consegue reverter”.

Todos os empresários procurados pelo JdeB confirmaram que recebem constantemente a visita dos fiscais da Prefeitura que verificam se as medidas de prevenção estão sendo cumpridas. “Nós recebemos orientações, fizemos o distanciamento das mesas, colocamos as faixas pra limitar quando tem fila, no bufê, na sobremesa, todo mundo está se cuidando, usando álcool em gel e, quando alguém chega sem máscara ou esquece de passar o álcool, nós já avisamos”, completa Marcia.

 

Variação de vendas de restaurantes e lanchonetes nos primeiros seis meses do ano
As secretarias de Fazenda e Planejamento do Paraná estão desenvolvendo, em parceria com a Receita Estadual e o Ipardes, o Boletim de Conjuntura Econômica – Impactos da Covid-19. Entre os dados, está a variação de vendas de 2020 em relação a 2019. No setor de restaurantes e lanchonetes, a variação é de -33% no acumulado dos primeiros seis meses. Em janeiro e fevereiro, foram registradas altas de 5 e 9%, respectivamente, mas em março, início da pandemia, a variação foi de -36% e em abril subiu para -67%, a maior do período em relação ao mesmo mês do ano passado. Em maio e junho, os números são de -55 e -51%, respectivamente.

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