Mais de 1.200 pessoas se formalizaram durante o período em Francisco Beltrão.

Durante a pandemia cresceu o número de microempreendedores individuais (MEIs) que atuam em Francisco Beltrão. De março de 2020, quando os primeiros casos de coronavírus surgiram no Brasil, até o mês de agosto houve um aumento de 32% na formalização, subindo de 3.823 para 5.049 no município. Muitas pessoas amargaram o desemprego neste período e não tiveram outra opção que não empreender, outras viram surgir novas oportunidades, novos nichos de mercado, e largaram empregos com carteira para encarar o desafio do próprio negócio.
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Rubia Ferreto, 18 anos, microempreendedora, assumiu o comando de uma empresa de assistência técnica de celulares, que já estava no mercado há três anos, durante a pandemia. “Vi uma oportunidade de ter um negócio próprio.” Mas como ela começou durante a pandemia sentiu dificuldade no início, pois as normas restritivas impactaram no comércio. “Demorou até se estabilizar.”
Agora, com o ritmo da economia voltando aos eixos, Rubia diz que há grande expectativa. “Como trabalhamos com telefonia, se tornou um serviço essencial. Ninguém fica sem seu celular, independente da pandemia. Essa tecnologia facilita nossas vidas e as torna mais práticas, trazendo ao nosso cotidiano a necessidade do uso do uso do mesmo.” Ela se formou técnica em administração, o que lhe dá uma boa noção de como gerir uma empresa, e no ano que vem pretende iniciar curso superior. Pretende continuar com uma loja, mas no futuro quer seguir carreira policial.
Cristian dos Santos está em processo de formalização de seu MEI. Ele trabalhava com carteira assinada, mas durante a pandemia as contas apertaram e resolveu aumentar sua jornada de trabalho para faturar mais. “Na verdade não estava desempregado, mas a renda começou a ficar curta, aí comecei no período da noite e o negócio ficou tão bom que agora estou o dia todo.” Ele trabalha com moto frete.
Os ramos com maior formalização em Francisco Beltrão são vestuário (465), cabelereiros (455) e pedreiro (395). O Jornal de Beltrão também conversou com uma vendedora de roupas que está reunindo a papelada para se formalizar. Ela e as filhas estão trabalhando com carteira assinada, mas querem aumentar a renda. “Na verdade a gente já vende roupas pelo Instagram e Facebook, mas milha filha é advogada e quer fazer tudo certinho, então vamos nos formalizar”, comenta a futura empreendedora.