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Francisco Beltrão
sábado, 21 de junho de 2025

Edição 8.230

21/06/2025

Venda de tecidos perde espaço para comércio de confecções

Venda de tecidos perde espaço para comércio de confecções

As lojas de venda de tecido estão migrando para o comércio de confecções. Fatores sociais e econômicos influenciaram essa mudança. Para os consumidores é muito mais prático, e em alguns casos também é mais barato, comprar a roupa pronta do que levar o tecido para a costureira. Para quem fabrica tecido, as vendas para fábricas de costura são mais volumosas e garantidas do que as vendas para lojas de tecido, que pedem menos mercadoria e têm baixo capital.
A rede de lojas Pernambucanas deixou de vender tecidos em todo o país para trabalhar apensa com confecções. Nas palavras do gerente da loja de Francisco Beltrão, Antoninho Naressi, há dois anos a loja deixou de ser uma grande vendedora de tecidos para se tornar uma grande vendedora de moda. ?Passamos a investir altíssimo em pesquisa e produção de produtos de qualidade e dentro das tendências?, diz Antoninho.
Ele informa que a roupa pronta fica muito mais barata para o cliente, porque a produção em série das fábricas diminui o custo de mão-de-obra, em relação ao custo da produção de uma roupa feita em costureira. Outros motivos alegados pelas Pernambucanas para deixar de vender tecido são a necessidade de amplo espaço para estocar grande variedade e a demora do retorno do investimento.
A rede de lojas Alfana, que conta atualmente com 10 lojas no Paraná e Santa Catarina, mantém os tecidos como carro-chefe em vendas. ?O que vende mais é tecido para cama e mesa, não para confecção de roupas. Mas ainda assim, vendemos muito?, revela Alfério Parizotto, proprietário da rede.
Ele explica que para se manter nesse mercado, as lojas precisam todos os tipos de tecidos em cores, e estampas diferenciadas. Como o retorno não é tão rápido, muitas lojas quebram por não conseguir manter esse padrão. ?Conseguimos fazer boas compras e economizar junto às fábricas porque encomendamos quantidades enormes de tecido, para toda a rede. Isso nos mantém no mercado?, explica Parizotto.


Na contramão
Há aproximadamente oito anos Hermínio Antonio Sygel trabalha com confecções e comprava tecidos para a sua fábrica. Ao perceber que na cidade as lojas de comércio de tecidos estavam fechando, resolveu investir no setor com poucos concorrentes. ?Realmente uma empresa vendendo somente tecidos não consegue se manter, tem que ter algum diferencial?, conta Hermínio.
Ele não deixou de trabalhar com confecção e ainda investiu em uma máquina de serigrafia, para fazer estampas em camisetas. Outro investimento de Hermínio é a aquisição de novos produtos de armarinho, lãs, fios. ?Queremos que nossa loja se torne uma referência em produtos para fabricação de vestimentas?.

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