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Por ter diversos problemas de saúde, o ex-deputado Nelson Meurer, 77 anos, que estava preso desde outubro do ano passado — e que morreu domingo de manhã, 12 —, fazia trabalhos leves no setor de cozinha da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão. Segundo o diretor da PEFB e coordenador regional do Depen, Marcos Andrade, a rotina consistia em auxiliar a equipe da cozinha em situações corriqueiras como cortar salada, repor copos e café nas garrafas térmicas etc. Usava touca, máscara e luvas para manuseio dos alimentos. A equipe do setor é sempre composta por quatro ou cinco pessoas.
No restante do dia, eles podem tomar sol, ler ou conversar. Meurer pernoitava num alojamento com cerca de dez outros detentos. “Esses presos do setor de manutenção fazem a rotina deles, têm os picos de trabalho em que eles precisam ajudar, quando chega o pão, a salada, a marmita, mas o restante do tempo é praticamente livre”, comentou Marcos.
O ex-deputado cumpria pena de 13 anos e 9 meses pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, condenado pela Operação Lava Jato. Entre os problemas de saúde constavam cardiopatia grave com comprometimento coronariano, carotídeo, valvular aórtico, marca-passo artificial, disfunção isquêmica, diabetes insulinodependente, hiperplasia prostática benigna e insuficiência renal crônica não-dialítica.
Os pedidos de remoção para prisão domiciliar não foram aceitos pelo STF. O filho do ex-deputado, Nelson Meurer Júnior, na condição de advogado, podia ter acesso com frequência ao pai, já que as visitas de familiares estavam suspensas desde março em virtude da pandemia de coronavírus. A alimentação era balanceada em virtude das dietas que Meurer precisava seguir.