Comandante da PRE diz que maioria das máquinas trafega de modo irregular na região.

A região é marcada por muitas lavouras agrícolas e poucas rodovias com acostamento. Isso pode acarretar acidentes envolvendo veículos de passeio e transporte com máquinas agrícolas, como ocorreu neste mês de outubro. Foram duas mortes de jovens no trânsito em virtude de acidentes de trânsito deste tipo. É que em razão da colheita de lavouras, carros, motos e caminhões precisam dividir a estrada com tratores, colheitadeiras e demais implementos agrícolas.
No dia 8 de outubro, Christian Antônio Vieira Deparis, 21 anos, faleceu após um acidente na rodovia PR-281, em Planalto. Sua motocicleta Honda CG/150 se envolveu em uma colisão com uma colheitadeira. Dois dias depois, desta vez em Bom Sucesso do Sul, Ricardo Lago, 34 anos, morreu em uma colisão traseira, na rodovia PR-918, envolvendo a motocicleta que ele conduzia e um trator agrícola.
O comandante da 6ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), capitão José Batista dos Santos, diz que a circulação de máquinas agrícolas nas rodovias só pode ocorrer quando estes veículos possuam placas e os sinais luminosos de sinalização, com a possibilidade de andar no mínimo na metade da velocidade estabelecida para a via.
“Portanto, na nossa realidade aqui do Sudoeste, nenhum desses maquinários poderia circular. Deveriam estar sendo transportados em pranchas.”
O oficial ressalta que a região Sudoeste é essencialmente agrícola, com muitas lavouras vizinhando com as cidades, porém, os agricultores que circulam com suas máquinas nas rodovias estão fazendo o contrário às normas estabelecidas e assumem o risco de eventual acidente.