Policiais
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Os smartphones facilitaram a vida das pessoas a ponto de elas se tornarem dependentes destes aparelhos, seja para se comunicar, para trabalhar, realizar operações financeiras ou simplesmente jogar tempo fora. Ocorre que os criminosos também estão atentos a este alto potencial de vítimas para golpes digitais.
Um malware, nomeado como Ghost Hand Attack (Ataque Mão Fantasma em inglês), criado por hackers brasileiros em 2019, voltou com tudo durante a pandemia. Estimativas indicam que essa nova modalidade de golpe já totaliza mais de 40 mil vítimas no Brasil e em países da América Latina.
A mão fantasma permite que hackers acessem dados do celular e até mesmo redirecionem o usuário para páginas falsas, telas de aplicativos falsos para rastrear e obter senhas visando principalmente aplicativos bancários.
A pessoa dificilmente vai perceber que seu aparelho está infectado, pois a tela do celular permanece a mesma, porém quando o usuário digita sua digital ou faz o padrão ou até mesmo usa o reconhecimento facial, os criminosos gravam isso e então começam a abrir os aplicativos bancários sozinhos, e quando o usuário se der conta o criminoso já terá roubado todo o seu saldo.
Segundo Alan Diego Darold, especialista em segurança corporativa da SmartTec Tecnologia, o objetivo dos criminosos é retirar todo o saldo da conta enquanto você observa a tela do seu celular sem poder fazer nada. “Um vírus de acesso remoto (RAT) é instalado por e-mail fraudulento que oferece uma atualização falsa de aplicativo ou táticas de scareware — os famosos anúncios alarmistas de ‘seu Android está infectado’. E então, o programa abre acesso ao cibercriminoso, que pode utilizar o seu celular em tempo real.”
Os RATs burlam todos os sistemas de autenticação de usuário e dá prioridade do smartphone aos golpistas. De acordo com ele, em todos os casos de Ghost Hand Attack, os malwares assumem privilégio administrativo do dispositivo. “Removê-los não é fácil. Ao tentar desinstalar, os programas maliciosos fecham a tela automaticamente, ou ainda, ocultando-os da lista de apps instalados.”
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Cuidados necessários
Alan recomenda cuidados com as atualizações que não sejam pela app store do dispositivo (Google Play Store ou App Store); evitar usar apps piratas e em hipótese alguma abrir e-mails e links suspeitos que permitam escanear o celular. Outro problema é que não é qualquer antivírus que consegue detectar o malware. “Apenas alguns antivírus pagos conseguiram detectar o novo vírus batizado de “Duro de Matar”, os trojans TwMobo só será possível de serem removidos fazendo o reset de fábrica do aparelho em todos os casos já identificados”, comenta Alan.