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domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Aumenta a média de roubos de cargas

No ano passado eram 20 registros por mês, neste ano são 30.

 

Na região de Araucária até São Mateus, caminhões carregados com combustíveis estão entre os preferidos dos assaltantes. 
Foto: Agência CNT

 

Uma média de 30 roubos de cargas estão sendo registrados por mês, no Paraná, neste ano. As informações são da Federação de Transportes de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar). No ano passado a média era menor, apenas 20 por mês. O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Maringá (Setcamar) estima que hoje o Paraná detém 2,5% dos incidentes em todo o Brasil. No ano passado, o prejuízo estimado com este tipo de crime chegou a R$ 2 bilhões. 
Geasi Oliveira de Souza, superintendente do Setcamar, diz que as quadrilhas trabalham em tempo integral, recrutando ou assediando pessoas que têm informações quanto aos tipos de produtos que estão sendo movimentados. “Por meio dessa rede de informantes, as quadrilhas aperfeiçoam e objetivam uma abordagem cada vez mais profissional”, declara. Já Alex Spada, da empresa Monisat, que presta serviços de monitoramento eletrônico de caminhões, estima que 1.458 caminhões são roubados por mês. Por esta estimativa, daria 48 cargas por dia. Mas não existem estatísticas corretas em nível nacional.
Os motoristas são abordados, geralmente, em pátios de postos de combustíveis, durante à noite, enquanto estão descansando. Também é comum o uso de iscas nas margens das rodovias, o uso de veículos de passeio potentes para interceptar caminhões ou até mesmo para anunciar que o caminhão está derramando ou arrastando objetos, para fazer com que o veículo pare e o motorista seja rendido e o caminhão e a carga levados. Há quadrilhas que se utilizam de equipamentos eletrônicos para cometer os delitos.
No Paraná, os assaltos estão acontecendo na região metropolitana de Curitiba na rodovia entre os municípios de Araucária, Lapa e São Mateus do Sul.
Alex Spada, da Monisat destaca que a região Sudoeste possui vários polos de produção ou de tráfego e que são destinados aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e outros centros onde as estatísticas de roubo são expressivas. Na região Sudeste, os alvos são principalmente as cargas de cigarros, eletroeletrônicos, confecções, autopeças.
Ele salienta que também aparecem como produtos de alto risco dentro do Paraná combustíveis, cervejas e tecidos, pois “a região de Curitiba e seu entorno é considerada uma das regiões mais perigosas do Brasil em proporção a quantidade de cargas trafegadas, isso se dá também em razão do polo regional e dos portos que recebem mercadorias importadas que entram pelos portos de Paranaguá e Santa Catarina e acabam trafegando na região para a sua distribuição”.
O diretor da Monisat diz que dificilmente ocorre roubo de carga “por acaso”, ou seja, normalmente os marginais possuem informações privilegiadas sobre a carga, valor, destino e agem de maneira estratégica. 
A Cooperativa de Transportes 14 de Dezembro (Coptrans), com sede em Francisco Beltrão, não teve nenhum dos caminhões de seus associados levados pelos ladrões. Diariamente, a Coptrans tem cerca de 130 caminhões circulando entre Beltrão, Dois Vizinhos e São João e os portos de Paranaguá (PR) e Itajaí (SC). As câmaras frias puxadas pelos caminhões carregam carnes processadas de aves da BRF e Coasul.
Iduir Bortot, secretário executivo da Coptrans, diz que os motoristas dos caminhões são orientados a trafegar em comboios de três ou quatro caminhões, parar somente em postos conveniados e a não trafegar entre 22 horas e 5 horas da manhã. 
*Com informações da Revista do Sindiavipar – edição de julho/agosto 2016.

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As sugestões para evitar os roubos

– Andar sempre em comboio, principalmente à noite;
– Usar os aneixs de integração das estradas do Paraná;
– Não dar carona;
– Para em postos avançados de segurança sempre que possível;
– Em caso de incidentes, sempre fazer o boletim de ocorrência;
– Entrar em contato com a delegacia de furtos e roubos.

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