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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Cadeirante vendia doces para sobreviver e tinha perdido o filho adolescente em março

Geral

Acidente mobilizou várias ambulâncias do Samu e do Corpo de Bombeiros.

Domingo, 7, por volta das 18h50, acidente de trânsito na Rua Abdul Pholmann, Bairro Aeroporto, em Francisco Beltrão, ceifou a vida de mais uma pessoa. É a 23ª morte no trânsito neste ano no município. O cadeirante Gilmar Pellegrini, 56 anos, morreu ao ser atropelado por um automóvel Voyage, que capotou. O carro, que seguia do centro para o bairro quando saiu da pista, bateu em uma árvore, capotou e atingiu o homem que estava em uma cadeira de rodas motorizada, seguindo junto com a esposa, 49 anos. Gilmar não resistiu e morreu no local do acidente. A mulher que estava com ele não se feriu, mas ficou em estado de choque e teve que ser socorrida e levada para atendimento médico. O carro era ocupado por três pessoas, uma mulher, de 19 anos, e dois homens, de 22.
Todos os envolvidos foram atendidos pelas equipes do Siate e Samu e encaminhadas à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Francisco Beltrão. A Polícia Civil abriu inquérito policial, como é de praxe, para apurar responsabilidades.


Filho assassinado 
em março
Gilmar Pelegrini teve um filho, Caíque Kauan Tavares Pelegrini, 17 anos, assassinado a tiros em março deste ano. O corpo foi encontrado na saída do túnel de contenção de enchentes, no Bairro Padre Urico.
O rapaz havia saído de casa, no Bairro Miniguaçu, e utilizando um serviço de transporte com chamada por aplicativo, iria levar a namorada para a casa dela, no Bairro Cristo Rei. Caíque retornaria usando o mesmo serviço de transporte, porém não voltou para casa. A Polícia Civil ainda está investigando o caso e trabalha com a hipótese de latrocínio — roubo seguido de morte.

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O rapaz teve o celular e uma arma furtados e em seguida foi morto a tiros. Inclusive, o cadeirante retornava de uma visita ao tumulo do filho quando morreu atingido pelo carro. Ele costumava ir ao cemitério com bastante frequência.


Acidente há poucos dias

Dia 28 de outubro, Gilmar Pelegrini e sua família tinham se envolvido em um acidente de trânsito, na rodovia PR-182, em Ampere. Ninguém se feriu, mas o veículo dele teve muitos danos. Gilmar morou muito tempo em Realeza, depois em Ampere. Foi em um acidente de trabalho que ele ficou paraplégico. Estava morando em Francisco Beltrão há cerca de um ano e meio. Vendia doces, brigadeiros e beijinhos para complementar a renda. Ele deixa esposa, quatro filhos, netos, familiares e amigos. Seu corpo foi sepultado ontem no cemitério municipal do Bairro Aeroporto

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