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Mais sabor e melhor qualidade, além de um lanche a mais aos internos e frutas aos agentes, essa é a realidade da alimentação na Penitenciária Central do Estado – Unidade de Segurança, após a implantação de mudanças. Um novo acordo com a empresa responsável pelo fornecimento de comida ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) extinguiu as embalagens de isopor e a economia resultou em diversas vantagens aos servidores e presos. “Buscamos sempre melhorar as condições de custódia e de trabalho dentro do sistema penitenciário. Essa nova forma de oferecer a alimentação dos presos tem vários pontos positivos, sem que o Depen tivesse qualquer tipo de ônus”, afirmou o diretor-geral da instituição, Francisco Caricati. Como o jantar dos presos é servido às 17h, um lanche passou a ser servido à noite. Para os agentes, após o almoço, é entregue uma fruta como sobremesa. O meio ambiente também ganhou com a mudança, uma vez que os antigos recipientes não eram reutilizáveis. “Para servir o almoço e o jantar dos quase 1,7 mil presos da unidade, usávamos 3,4 mil marmitas de isopor por dia. Após a refeição, elas precisavam ser lavadas e guardadas até que a empresa fizesse o descarte correto. Ficava aquele monte de marmita nos setores, com mau cheiro, gastando água, aumentando a quantidade de insetos”, explicou o diretor. Antes, a unidade tinha uma média de consumo de 105 mil marmitas por mês. Trinta presos implantados no canteiro de faxina eram responsáveis por juntar o lixo e limpar a área externa da penitenciária após as refeições, trabalho que levava pelo menos duas horas para, segundo um dos idealizadores e responsáveis pelo projeto, Lindonês Antônio Saretta, que também é vice-diretor da unidade.
Depois, ainda era necessário fazer a lavagem de tudo. “Agora, as refeições são feitas em pratos e cada detento é responsável pela higienização do seu prato”, explicou. “Ao receber a alimentação em suas celas, após comerem, jogavam as embalagens pelas frestas das celas, para a área externa, acompanhadas de restos de comida, o que acarretava mau cheiro”, explicou Saretta. A partir de agora, a salada, o arroz, a mistura e o complemento chegam aos presos em cubas de inox, o feijão se mantém como já era, servidos em saquinhos plásticos, e os alimentos são servidos nos pratos plásticos. “Vem tudo separado, mas dentro dos hotbox. Eles abrem o pacote, a temperatura está mais quente do que antes e o sabor também melhorou, porque antes a embalagem mudava o gosto da comida. Para entregar nas galerias, ficou mais rápido e melhor também”, destacou o vice-diretor. “Cada cela recebe um pote pra cada tipo de alimento, assim, o preso que não gosta de alguma comida, por exemplo, já nem pega”, afirmou. Ele ainda contou que a mudança tem agradado o público-alvo. “A aceitação foi muito boa. Conversamos com vários detentos que nos relataram que gostaram da mudança, porque parece que estão comendo em casa, ficou mais digna esta forma de alimentação”, afirmou. A nova modalidade prevê a possibilidade de escolha e visualização das preparações por parte do Depen.