Por aqui, palestras abordam os perigos do trânsito para os jovens.

sobre o trânsito.
Com o tema “Sou mais um para um trânsito mais seguro”, está em andamento a Semana Nacional de Trânsito que segue até o dia 25. Em Francisco Beltrão estão ocorrendo blitz educativas, palestras em escolas e divulgação nos meios de comunicação. O objetivo é trabalhar com a responsabilidade ao volante, uma vez que mais de 95% dos desastres são causados por imprudência dos motoristas.
O slogan “Na estrada ou na cidade, seja você a mudança no trânsito” está sendo divulgado para orientar e mobilizar a população sobre as regras de trânsito e a importância de uma boa conduta como fator essencial para a redução dos acidentes nas rodovias.
Em Francisco Beltrão, o capitão Rogério Pitz, comandante da 1ª Cia da PM, afirma que estão acontecendo blitz e palestras nas escolas com foco na prevenção. O trabalho é uma parceria entre clubes de Rotary, PM, Corpo de Bombeiros, Debetran, Ciretran e Escola de Trânsito do DER. Segundo Pitz, Francisco Beltrão é uma das cidades paranaense com maior índice de mortalidade de jovens no trânsito. “Por isso nosso foco é falar sobre o comportamento do jovem no trânsito. São pequenas atitudes que podem fazer a diferença como o uso do cinto de segurança, a presilha do capacete bem ajustada, evitar bebida alcoólica e dirigir.”
O oficial da PM alerta que o Brasil está nas primeiras posições no ranking dos países com maior índice de acidentes de trânsito. “O Denatran estima em 45 mil mortes por ano. Já o Dpvat (seguro obrigatório) calcula em 60 mil óbitos/ano. Além disso, são mais 600 mil brasileiros que ficam incapacitados em decorrência de acidentes. Esse número infla nosso sistema de saúde. Eu costumo dizer que é até injusto com o paciente que está na fila de espera por um procedimento médico, quando alguém, por um ato inconsequente, sofre um acidente e pula na frente de todo mundo para receber atendimento.”
Pitz salienta que todos os anos, milhares de jovens no início de sua vida produtiva ficam incapacitados para uma vida laborativa em decorrência de acidentes de trânsito, causando um grande prejuízo para o sistema previdenciário e de saúde pública. O capitão observa que o grande problema do trânsito é que não há uma cultura na sociedade de prevenção. “As pessoas colocam o cinto ou deixam de falar ao celular quando passam em uma blitz. Depois disso, voltam a cometer infrações. É esse comportamento que esperamos que nossos jovens mudem no futuro”, pontua Pitz.
Balanço
Em 2015, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas, o Brasil apresentou uma taxa de 23,4 mortes para cada 100 mil habitantes – quarto pior desempenho do continente. Por isso, apesar dos avanços na legislação e na regulamentação, essa problemática continua sendo alvo dos esforços do governo federal.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, responsável pela fiscalização nas estradas em todo o País, em 2015 foram registrados 122.186 acidentes, com 90.278 feridos e 6.870 mortes.
De janeiro a junho de 2016, foram registrados 3.166 mortes. Uma queda de 6,77% comparada ao mesmo período de 2015. Com 48.658 acidentes totalizados no primeiro semestre do ano, houve uma redução de 31% das ocorrências, em relação ao ano passado, quando a PRF contabilizou 71.544.

Fotos: 21 BPM