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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Ex-prefeito de Chopinzinho Leomar Bolzani vai a julgamento hoje pelo Tribunal do Júri

Policiais

A morte do procurador municipal de Chopinzinho, advogado Algacir Teixeira de Lima, assassinado na frente de suas filhas em 16 de março de 2015, completa seis anos.

E agora, finalmente, deve enfrentar o Tribunal do Júri o ex-prefeito de Chopinzinho Leomar Bolzani, acusado de ser o mandante da complexa trama que assassinou o procurador. O julgamento tem início hoje, às 9h, no Tribunal do Júri em Guarapuava e será presidido pelo juiz Adriano Scussiatto Eyng.

Leomar Bolzani permaneceu até este momento em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico, situação que perdura desde novembro de 2015. Durante todo esse tempo, na condição de professor concursado da rede estadual de ensino, segundo o Portal de Transparência do Governo do Paraná, mesmo sem trabalhar, o réu recebeu seus salários em dia, RS 5.328,00 mensais.

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O ex-prefeito foi preso em novembro daquele ano em casa, a poucos metros da Prefeitura onde exercia o cargo de prefeito.

O Ministério Público, após as investigações da Polícia Civil, requereu a prisão preventiva que foi concedida pela justiça. As investigações apontaram na época que Bolzani foi o mentor intelectual e mandante da morte do procurador municipal Algacir Teixeira de Lima, então com 51 anos de idade.

Relembre o caso
O crime, segundo as investigações da Polícia Civil, teria sido encomendado a pistoleiros com a promessa de pagamento de R$ 6.500 pela morte. No dia do crime, o pistoleiro invadiu a garagem do condomínio em que o procurador morava com sua família. Ele havia acabado de chegar da escola, onde havia buscado suas filhas pequenas, que assistiram à execução do pai, morto com seis tiros.

As investigações levaram à prisão de Darci Lopes de Aquino, 37 anos, que foi o executor do crime, João Rosa do Nascimento, Jeferson Rosa do Nascimento, 24 anos, e Giovane Baldissera, ex-funcionário da Prefeitura de Chopinzinho na época e próximo ao prefeito.

Também foram presos à época Nilton Ferreira e sua esposa, Elvi Aparecida Haag Ferreira, que teriam sido intermediários entre os mandantes e os executores do crime.


Morte teria sido planejada em 2014, mas não deu certo na época

Leomar Bolzani havia sido acusado pelo procurador municipal de vários crimes contra a administração pública, e esta teria sido a motivação. A primeira encomenda da morte teria sido feita ainda em dezembro de 2014, mas os executores teriam falhado na execução. Leomar Bolzani, segundo apurou a Polícia, não desistiu e voltou a procurar os assassinos de aluguel com um ultimato para que fizessem o “serviço” pelo qual já tinham recebido parte do pagamento, R$ 2.500. Os pistoleiros teriam sido ameaçados no sentindo de que se não executassem a encomenda seriam eles próprios as próximas vítimas. A investigação apontou três acusados: Darci Lopes de Aquino, 37 anos, que foi o executor do crime, João Rosa do Nascimento e Jeferson Rosa do Nascimento. Eles são acusados de matar o advogado com seis tiros de revólver calibre 38, no momento em que ele chegava em sua casa, acompanhado de suas duas filhas menores. Durante os depoimentos no inquérito policial, os envolvidos foram convictos ao afirmar que foi o prefeito quem encomendou o assassinato. A partir daí a trama foi desvendada incluindo inclusive rituais de magia negra.


Já foram condenados

Já foram julgados, em julho de 2016, Nilton Ferreira, e sua esposa, Elvi Aparecida Haag Ferreira, ambos a 15 anos de prisão. No segundo julgamento, em dezembro de 2017, foram condenados Giovane Baldisseira, a 17,5 anos de prisão; o atirador Darci Lopes de Aquino e Jeferson Rosa do Nascimento, foram condenados a 10,6 anos de prisão. João Rosa do Nascimento foi condenado a 15 anos de prisão. Os irmãos Nascimento ajudaram o atirador Darci na fuga após o crime.

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