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Francisco Beltrão
segunda-feira, 23 de junho de 2025

Edição 8.230

21/06/2025

Faleceu o empresário Ernesto Gagliotto, aos 93 anos

 

Ernesto Gagliotto 12.2.1923 a 16.5.2016.

 

 Foi cremado ontem, em Francisco Beltrão, o corpo do empresário Ernesto Gagliotto, falecido segunda-feira, aos 93 anos. Gaúcho de Getúlio Vargas, estabeleceu-se em Francisco Beltrão no ano de 1953, como mecânico. Depois montou loja de peças de veículos automotores, no centro da cidade, constituindo-se a atividade da família até hoje.
Ernesto deixa viúva Elena Dall`Áccua Gagliotto e uma filha, Sandra.
Numa entrevista ao Jornal de Beltrão dia 7 de agosto de 2013, ele contou o seguinte:
“Eu vim aqui no ano 53. Eu tinha vindo antes, no 50. Nós trabalhava na colônia lá no Rio Grande, mas meu falecido pai ouviu falar que a Cango estava dando terra de graça para quem viesse. Eu vim aqui olhar e vi que era tudo mato, aí voltei pra trás. Voltei e disse que ia aprender mecânica, pois achava que pra mecânico nunca ia faltar serviço. Aí fui nas oficinas lá em Erechim, Passo Fundo. ‘Só pegamos mecânico.’ Mas que diabo, será que não vou arrumar serviço para eu aprender? Fui a Porto Alegre, passei tudo em Porto Alegre, mas lá só pegavam mecânico. De repente, passei pela agência de Dori. Perguntei se não tinha espaço para um cara trabalhar de mecânico. Perguntaram se eu era mecânico, respondi que não, mas logo eu fico. Pediram se eu tinha bastante força, disse que tenho! Era montagem de caminhão. Fiquei lá por três anos montando caminhão e tudo importado dos Estados Unidos naquele tempo, os caminhão vinham desmontados, nós montava.  Um pouco aprendi, mas não era muito, por que era tudo peças novas, era só colocar em cima e coisa. Mas daí arrumei uma escola de noite de mecânica de um professor velho, um tal de professor Boro, ele sim, montava e desmontava aquelas fubicas velhas e aí me deu um diploma especializado em mecânica e agora eu sou mecânico. Depois saí de lá e vim pra cá. Pensei agora tá mais ou menos a cidade, eu vou pra lá.  E já tinha uma mecânica meio grande pro lado de lá da avenida, ali um tal de Formigueri, de Passo fundo. Pedi se tinha um serviço para mecânico, perguntaram se eu sou mecânico, disse que sim, logo responderam que tem, tem, sim! Foi pra já que arrumei serviço. Arrumei serviço e fiquei mais um ano lá. O homem também se enganou. Disse que ia embora daqui, que ‘a cidade não vai crescer, tu vê, tá sempre igual, e eu vou pra Clevelândia, pois a Prefeitura me deu uma quadra inteira pra eu ir lá, se vocês forem comigo, eu dou um lote de graça pra cada um’. Ele foi embora pra lá e perdeu a maior porque aqui cresceu muito.

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