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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Isolamento social culminou em acidentes domésticos

Policiais

Segundo Cladiovan Ruy de Oliveira, diretor do Sindicato dos Eletricitários do Paraná (Copel), há um crescimento significativo de acidentes com eletricidade em relação ao ano de 2020. “Com o momento da pandemia, veio a necessidade do isolamento social, que culminou com o aumento de acidentes domésticos.”

Por outro lado, ele cita, houve a precarização das atividades desenvolvidas por terceiros nas concessionárias de energia elétrica em todo o Brasil.

Ele ressalta ainda que a flexibilização da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), “onde o ‘menos direitos e mais empregos’ caracterizou um certo ‘relaxamento’ nas normas que regem o trabalho nas redes de energia elétrica”.

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A outro fator ainda, na opinião dele, que foi a substituição dos empregados aposentados ou demitidos nas estatais por empresas terceirizadas, “onde os trabalhadores receberam pouco treinamento e aliado com a falta de experiência, alavancou o número de acidentes com empreiteiras”.

Na estatal paranaense (Copel) até o dia 31 de agosto deste ano não houve acidentes com os empregados ou os terceirizados com choque elétrico na rede de energia. Por outro lado, houve dez acidentes com a comunidade no Paraná, sendo que sete foram fatais. “Apesar de não haver acidentes fatais com a força de tarefa, ocorreram 42 acidentes de trabalhos típicos, ou seja, em todas as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores, sendo 35 com os terceirizados e apenas sete com os empregados da estatal, totalizando 52 acidentes.”

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Francisco Beltrão teve uma morte por eletrocussão neste ano
Em Francisco Beltrão neste ano já foi registrada uma morte por eletrocussão. Um acidente de trabalho na em 10 de fevereiro provocou a morte do trabalhador Emerson Luiz Serena, 39 anos. Ele estava fazendo a pintura na cobertura do Centro Paroquial do Bairro Vila Nova, por volta das 8h, quando sofreu uma descarga elétrica e morreu no local.

Outro pintor, menor de 17 anos, enteado da vítima, também se feriu e foi levado para atendimento em estabelecimento de saúde. Além deste óbito por eletrocussão, houve mais uma morte por acidente de trabalho até 31 de agosto que foi o esmagamento de um trabalhador por um trator.

De acordo com Dalva Koling, inspetora da Vigilância de Saúde, da Prefeitura, foram registrados nove acidentes graves de trabalho, um envolvendo menor, outro por queimadura, os demais sete foram por diversas situações: fraturas, queda, ferimentos cortantes profundos e um foi amputação. Até 31 de agosto de 2020 foram nove acidentes graves, destes um foi óbito por queda, um foi com menor de idade e os outros sete por causas diversas.

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