Policiais

Área da Prefeitura terá que ser desocupada, no Bairro Júpiter de Beltrão.
Moradores fazem as contas sobre os custos para desmanchar e reconstruir suas casas.
Fotos: Ivo Pegoraro/JdeB
A Justiça determinou a reintegração de posse de uma área pública de preservação permanente invadida por 12 famílias no Bairro Júpiter, em Francisco Beltrão. Com a decisão, a Polícia Militar tem prazo de até 15 dias para cumprir a determinação e retirar os invasores do local.
O major Rogério Pitz, comandante em exercício do 21º Batalhão da PM, informou que a determinação será cumprida. Para tanto já está solicitando da Secretaria de Segurança Pública reforço policial e todo o aparato necessário para efetivar a desocupação.
Em setembro de 2016, a administração municipal anterior ingressou judicialmente com o pedido de reintegração de posse no Ministério Público. A solicitação foi submetida para análise do Judiciário, que acatou o pedido. No entanto, desde 2017 a administração municipal busca resolver o impasse. Inclusive viabilizou outro local para estas famílias residirem, mas as opções apresentadas foram recusadas.
Agora a promotora de Justiça Maria Fernanda Marinelli Salvadori Belentani encaminhou novamente o pedido de reintegração de posse. A solicitação foi acolhida e determinada pela juíza de Direito Joseane Catusso Lopes de Oliveira, que determinou que a Polícia Militar adote a medida. Ontem, 18, Major Pitz informou para a administração municipal sobre a decisão judicial e a necessidade de cumprimento por parte da Polícia Militar.
Transportar ou reconstruir as casas?
Ontem à tarde, moradores das casas da área a ser desocupada diziam não saber ao certo o que vai acontecer. Primeiro questionam a localização. Se tiverem que mudar para o Horto Terra Nossa, acham mais distante, terão ruas de chão (com barro) e não sabem se vão ter lotação e escola para as crianças.
Sobre a casa de cada um, fazem contas. Dizem que o mais prático seria transportar a casa inteira, embora ainda tenham que reconstruir áreas e banheiros. O problema é o custo, que ficaria em mais de dois mil reais. Mas uma moradora conta que sabe um morador que, só para reconstruir a casa, gastou dois mil reais.
