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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Lixo deixado no local é equivalente ao de 100 residências

Policiais

Prefeitura gasta em média R$ 22 mil por ano com a coleta do lixo só no Prolongamento.

O lixo descartado irregularmente todos os finais de semana no prolongamento da Avenida Júlio Assis Cavalheiro e ruas adjacentes é equivalente à produção de 100 residências. Muitas garrafas, latinhas de cerveja e litros de destilados não são pesados, mas dão volume. De acordo com o diretor da Secretaria de Meio Ambiente, Vilmar Rigo, a Prefeitura faz a coleta duas vezes por semana naquele trecho da cidade. Esse material recolhido pelo município precisa ser levado ao depósito da Marcop (Cooperativa de Reciclagem). São 5 metros³ semanais, ou seja, por mês 20 m³ ou 400 moradias. No trecho da Avenida Júlio Assis, entre a Rua Apucarana e a Rodovia Vitório Traiano, existem 26 pontos de lixeiras. Do lado direito de quem sobe são 11 e do lado esquerdo 15. São lixeiras duplas, para lixo orgânico e lixo reciclado.

O descarte irregular, nas ruas e calçadas, motivou muitas reclamações nas redes sociais nas últimas duas semanas. Alguns sugerem mais patrulhamento, outros mais lixeiras, mas são unânimes em afirmar a falta de educação dos frequentadores do local. A professora Nadja Matte defende toda a sociedade comprometida com o meio ambiente e a sustentabilidade. Ela propõe, por exemplo, um ponto para coleta de produtos descartáveis noturno. Poderia ter um adesivo para colocar no carro de quem descarta corretamente seu lixo. Recomenda até um slogan: “Faço a minha parte: lixo é no lixeiro!”. O também professor Idair Marcelo questiona: “Difícil todo mundo pegar uma sacolinha de mercado, pôr o seu lixo produzido dentro e quando for embora levar no carro e depositar em uma lixeira. Pura falta de educação”.

A reportagem do Jornal de Beltrão pediu para a Secretaria de Meio Ambiente calcular quanto os cofres públicos gastam, aproximadamente, com a coleta do lixo deixado no prolongamento da Avenida Júlio Assis Cavalheiro. A conta é de R$ 1.840 mensais ou R$ 22 mil por ano, sem considerar desgaste e depreciação de veículos utilizados. Nesta soma entram o combustível, do prolongamento até o aterro da Marcop, média de 60 quilômetros semanais; despesas com dois funcionários que começam a coleta às 5h, da manhã, ou seja, fazem 12 horas extras na semana; bem como quase 100 sacos de lixo utilizados todos os meses. Rigo observa ainda que estes funcionários poderiam estar em outras funções.

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O tenente Anderson diz que, no momento, a PM só está fazendo abordagem e orientação. Mas estuda algo mais contundente, junto com a Secretaria de Meio Ambiente, para ver se é possível aplicar multas àqueles que jogam lixo nas ruas. “Mas isso não é a nossa vontade, o que queremos é que as pessoas utilizem aquele local e levem seus sacos de lixo de casa para depois levarem embora. Muitos já estão fazendo isso e quando algumas pessoas começam a fazer como exemplo, as outras seguem também”, diz. O oficial alerta ainda que não é só no prolongamento o problema do lixo, mas também em outros loteamentos da cidade.

Todos os finais de semana ruas amanhecem repletas de lixo.

 

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