Mãe diz que nem na infância filhos brincavam com arma de brinquedo

Policiais

A mãe dos rapazes, Sandra Regina Beppler da Rosa Dias, estava muito abalada. Ela concedeu entrevista para os veículos de imprensa e disse que a notícia da morte dos filhos foi muito dolorida. “Perder um filho já é muito dolorido para uma mãe, imagine que mataram dois e a gente sem poder nem estaar aqui pra acompanhar o que estava acontecendo.” A família tinha planos de vir morar na região, mas não virá mais depois do ocorrido. Ela contou que passou mal, ficou internada e tomou remédios para acalmar.

“Eu acho que nenhuma mãe iria aguentar o que eu passei e o que eu estou passando. Não é fácil perder dois filhos que a gente sabe que nunca, na vida, tiveram nem uma arminha de brinquedo, porque nunca deixei meus filhos brincar com isso. Ser morto como bandido, dizendo que eles tinham contato com arma de fogo, coisa que eles nunca tiveram. Nem setra (bodoque) eles não tinham, porque eu achava um absurdo matar os passarinhos, imagine matarem meus filhos. Perdi o chão, perdi um pedaço da minha vida junto com eles”, disse a mãe.

Para ela, a pessoa que cometeu o crime contra seus filhos tem que ser condenada. “Eles não tiraram a vida de bandido, mas de duas pessoas que estavam pregando a palavra de Deus. Um dos meus filhos era diretor do clube de aventureiros, ele ajudava muita criança no lugar onde moramos. Levavam as crianças para fazer acampamentos e o outro era conselheiro. A nossa comunidade, a nossa Igreja, estão todos comovidos com isso que aconteceu com eles. Todo mundo está vendo a dor que estamos passando.”

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Sandra teve três filhos homens e três filhas mulheres. O meu filho que ficou, que tem 17 anos, diz que não quer ser o único filho homem, o único menino na casa, porque toda a vida teve o exemplo dos irmãos mais velhos. Todos eles eram muito amorosos um com o outro”, lamentou.
A família tem parentes em Salto do Lontra e Francisco Beltrão.