Valor arrecadado quando vão a leilão não abate a dívida do veículo.
O pátio da 5ª Ciretran em Pato Branco está com mais de 100 motos apreendidas. Motos que apresentaram irregularidades na documentação do veículo ou do condutor, que ensejaram o recolhimento pela Polícia Militar. A frota de motos e ciclomotores de Pato Branco é de 8.600 veículos cadastrados, sem considerar as motos não emplacadas no Município. Segundo Mari Shnomberguer, a maioria destas motos foi apreendida porque estava com impostos atrasados e, geralmente, são abandonadas pelos proprietários.
Ocorre que muitos proprietários acreditam que os veículos abandonados quando vão a leilão tem o valor arrecadado abatido da dívida do veículo. No entanto, lembra a diretora da Ciretran, as dívidas ficam inscritas no nome do proprietário e tornam-se um título executivo em favor do Estado. Um erro que custa caro para os proprietários, vez que não conseguem mais obter negativas para a realização de diversas operações, entre elas, por exemplo, a simples transferência de um veículo ou imóvel.
Forma de leilão
Mari disse que estas motos são destruídas antes mesmo de sair do pátio, porque antes no método antigo elas acabavam voltando para as ruas. “Essas motos eram vendidas em leilões abertos e acabavam voltando para as ruas como as chamadas ‘bruxas’, veículos baixados que traziam enormes prejuízos ao Estado e às pessoas”. Agora, a empresa vem recolher e destrói os veículos aqui no pátio, através de uma prensa móvel, virando sucata na hora para a indústria de reciclagem. “O método evita prejuízos ao Estado e ao cidadão, vez que agora não existe mais a possibilidade das motos ‘bruxas’ estarem assombrando as ruas por aí”, brincou a diretora da Ciretran.”
