Na madrugada desta terça-feira, 8, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiram as dependências da empresa Araupel, em Quedas do Iguaçu, e destruíram um viveiro de mudas. Segundo o site da entidade, foram cerca de 5 mil mulheres, vindas de todo o estado, que “destruíram as mudas de eucalipto e pinus para denunciar o modelo destrutivo do agronegócio e seus impactos para o meio ambiente, como por exemplo: a expansão da monocultura de pinus e eucalipto, que transforma as terras em um deserto verde improdutivo do ponto de vista da soberania alimentar”.
De acordo com a nota, o MST critica o ‘deserto verde’ da monocultura de pinus e eucalipto, que destrói a biodiversidade do território, deteriora o solo, secam os rios, ocupando grandes extensões de terra, que poderiam ser utilizadas para produzir variedade de alimentos saudáveis por família a espera da reforma agrária. A mobilização faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio”.
A assessoria de imprensa da Araupel divulgou uma nota denunciando que membros dos acampamentos Dom Tomas Babuíno e Herdeiros da Terra, junto com reforços que chegaram “armados de foice e espingardas”, destruíram mais de um milhão e duzentas mil mudas de pinos que seriam usadas para plantio próximo. “Perda total de mudas e instalações. A Polícia Militar foi acionada da movimentação e da intenção do MST, mas nenhuma medida preventiva foi tomada. A arável segue esquecida pelo Estado do PR. Em março a empresa teve duas vitórias a seu favor no TRF 4ª Região, o que alterou os ânimos do MST agora caracterizados como reais invasores e foras da lei.”