Grandes cidades já percebem aumento das estatísticas das ocorrências ligadas à Lei Maria da Penha.
Um homem foi preso na segunda-feira, 24, por violência doméstica. O caso ocorreu na Linha Santa Bárbara, interior de Francisco Beltrão, onde uma mulher relatou que frequentemente é agredida pelo companheiro. Ele teria bebido, proferido xingamentos e, de posse de um facão, ameaçou ela e sua filha, chegando até arremessar o facão contra a jovem. Em seguida deixou o local com um espeto, ameaçando as duas de morte.
Policiais militares fizeram buscas e localizaram o agressor em um quiosque próximo da moradia, deitado em uma cama, segurando uma faca de cozinha, e com uma espingarda encostada na cabeceira da cama. Ele foi preso e conduzido à delegacia de polícia.
Delegado Ricardo Moraes.
Foto: Divulgação Polícia Civil
Aumento dos casos nas grandes cidades
Em algumas das grandes cidades do Brasil há registro de aumento considerável dos casos de violência doméstica após o início do confinamento das famílias. No Rio de Janeiro, por exemplo, aumento de 50%. Em Curitiba, no primeiro final de semana de isolamento, foram registrados pela PM 217 casos, contra 189 do final de semana anterior (13 e 15 de março).
Região continua tranquila
O delegado-chefe da 19ª SDP, Ricardo Moraes Faria dos Santos, diz que no primeiro final de semana de isolamento em Francisco Beltrão foi registrado apenas um caso de Maria da Penha. Na segunda-feira, mais dois casos. “Ainda temos uma situação muito tranquila. Mas é um contexto que pode acontecer conforme o confinamento se estender. As pessoas estão em casa, trancadas, preocupadas com a doença e com dinheiro, porque muitos trabalhadores não estão trabalhando. Por enquanto, nossos casos estão dentro da média, não houve aumento.”
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Serviço
Como a Delegacia da Mulher está apenas com serviços internos, o atendimento às vítimas está sendo prestado na 19ª SDP. Por telefone serão passadas as informações iniciais, a fim de evitar que a vítima se desloque até a Delegacia pela via pública sem necessidade. São considerados prioridades no atendimento os casos de lesão corporal, ameaça, sequestro e cárcere privado, que demandem pedidos de medidas protetivas de urgência e estupros (os pedidos de medidas serão realizados em regime de plantão). Em caso de necessidade de comparecimento na unidade, a vítima deve ir desacompanhada.
