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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Na versão dos suspeitos, Augusto teria tentado agarrar Luana

 

Luana.
Fotos: Alan Particelli/ Rede Massa

Ontem à tarde quando chegaram na delegacia, Luana contou com detalhes para a reportagem da TV Guará/ Rede Massa como aconteceu o crime. “O seu Augusto foi de tarde lá na nossa casa levar umas coisas e então meu marido saiu comprar umas bebidas pra nós tomar. Que nós já tinha tudo combinado. Aí o seu Augusto ficou e eu também fiquei em casa. Só que não era longe o mercado. Aí ele veio assim meio pra cima de mim, me agarrou e me empurrou na parede e queria de todo jeito ficar comigo, entendeu? Eu forçava ele pra ir pro lado, pra que não viesse mais pra cima de mim, daí meu marido chegou, viu que ele tava me agarrando e pegou ele pelo pescoço. Deu um mata-leão nele, começou a enforcar.”
A garota teria gritado e tentado separar o marido da vítima, mas não conseguiu. “Eu falei pra ele (Gabriel) que não era pra fazer isso. Comecei a gritar: não faça isso, não precisa fazer isso. Só que ele tava firme no pescoço dele (Augusto) e não era por intenção fazer aquilo, não tava com intenção de fazer aquilo pra ele. Ele caiu no chão, meu marido ficou segurando ele e eu fui tentar separar eles. O seu Augusto tava se batendo, daí acabou morrendo naquele momento. Meu marido ficou com medo e nós acabamos jogando ele dentro do açude com a carteira e umas coisas lá.” 
Luana falou que Augusto já teria dado em cima dela em outras oportunidades. “Uma vez ele me ofereceu dinheiro pra sair comigo, só que como eu já era casada expliquei que não tinha como ficar saindo com os caras.” No dia 24, dia em que ocorreu o crime, Luana relatou que Augusto trouxe eles em Francisco Beltrão pela manhã na casa dos avós de Gabriel. “Não fazia muito tempo que nós se conhecia, uma semana e meia mais ou menos. Acabamos se conhecendo na igreja Assembleia em Eneas.” 
Luana informou que o corpo de Augusto foi jogado dentro do açude na noite do dia 24 e eles continuaram na casa. “De manhã meu marido levantou e viu que o corpo tava ainda aparecendo, daí puxamos mais pro meio do açude e jogamos pedras em cima e ele afundou.” Depois disso, os dois abandonaram o carro da vítima. Luana disse que estava arrependida e que os dois já tinham pensado em se entregar. “Como ficamos sabendo que nós tava no face, na internet, não tinha pra onde ir mais.”

 

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Gabriel disse que asfixiou a vítima com o braço

 

Gabriel.

 Gabriel confirmou a versão da mulher também em depoimento para a TV Guará/Rede Massa. “Ele deu em cima da minha mulher, agarrando ela. Eu saí pra comprar um gole (bebida), quando eu voltei ele tava agarrando ela. Na verdade não era pra ter feito isso, mas aconteceu. Quando eu vi ele tava sem ar já, tinha desmaiado. Mas não era pra ter matado ele. Eu apertei o pescoço dele com o braço.”

Ele comentou que conhecia Augusto há um mês e confirmou que eles pegavam carona com ele para ir à igreja. O rádio retirado do carro teria sido jogado dentro do açude. Gabriel tem passagem na polícia por furto. O rapaz informou também que no dia seguinte ao depoimento fugiram para Curitiba. Fizeram todo o trecho de carona com diversos veículos. Lá, passaram a viver nas ruas. 

Caso concluído
O delegado Valderes Luiz Scalco deu o caso por resolvido. A Polícia Civil deve indiciá-los por latrocínio e ocultação de cadáver. O inquérito vai ser concluído e encaminhado ao Fórum. Eles ficam presos na 19ª SDP até surgir vaga na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão. 

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