O beltronense Diego deixou esposa e uma filhinha de um ano e meio.
As polícias Civil e Militar prenderam três suspeitos do assassinato do beltronense Diego Felipe Cossetin, 29 anos, na comunidade Linha Voltão da Tigra, interior de Bela Vista da Caroba. Depois de um trabalho de investigação, foram identificados quatro suspeitos, três maiores – de 20, 21 e 24 anos – e um adolescente de 15 anos. Anteontem, dois deles foram encontrados caminhando por uma estrada de terra que dá acesso a uma fazenda, tentaram fugir, mas foram alcançados pelos policiais. Eles foram indagados sobre o crime e demonstraram muito nervosismo. Um deles disse ter conhecimento dos fatos, pois foi convidado por outros dois para praticar o roubo.
Em seguida a equipe policial avistou uma motocicleta Honda/Bros azul chegando na casa dos suspeitos, conduzida pelo adolescente de 15 anos, o qual foi abordado e confessou sua participação no latrocínio. Diego foi assassinado no início da noite de domingo, 10, às 18h30, em um assalto na comunidade de Costa e Silva, divisa entre Bela Vista da Caroba com Ampere. Ele estava acompanhado da esposa e da filha, de um ano e meio. A família visitou familiares em Bela Vista da Caroba e retornava para Francisco Beltrão. Os assaltantes colocaram pedras na estrada, próximo de uma ponte. Quando parou o veículo para retirar as pedras, Diego foi baleado pelos assaltantes. O carro foi levado e abandonado logo na sequência.
O quarto suspeito, de 20 anos, foi preso em Ampere, na Linha Alto Alegre, e confessou ter cometido o crime, indicando o local onde estariam as armas utilizadas, dizendo serem duas carabinas calibre 22. Ao ser perguntado sobre quem efetuou os disparos, o suspeito relatou que efetuou dois disparos e que seu irmão, de 15 anos, efetuou o terceiro disparo. Sobre o veículo, ele informou que caiu na ponte, pois não sabia que a mesma estava danificada.
O suspeito indicou o local onde estavam as armas de fogo, deslocandose juntamente com a equipe policial e uma testemunha até a residência de um vizinho, localizada na Linha Voltão da Tigra, onde foi localizada uma carabina de pressão, adulterada para calibre 22, em um pequeno galpão. Já em outra residência, na Linha Boa Vida, foi encontrada a outra carabina de pressão adaptada para o calibre 22 e uma espingarda calibre 28, que estavam escondidas nas proximidades de um galpão. Também foram apreendidas nove munições calibre 22; material de recarga (chumbo, espoleta e pólvora); um cartucho calibre 28; dois cartuchos de metal do mesmo calibre vazios; além de um estojo de calibre 38 também vazio.
O rapaz de 20 anos confessou o crime durante entrevista para a Rádio Ampere e falou que Diego teria sido morto por engano. “Nós tinha ido lá pra pegar um cigarreiro, daí passou o cara errado.” De acordo com o detido, fazia cerca de um mês que eles estavam cuidando para matar o cigarreiro. “Tava na hora dele chegar e chegou esse cara aí lá, achei que o cara tava armado e atirei.” O jovem foi o primeiro a atirar. Depois de cometer o crime, contou que até pensou em voltar e socorrer a vítima. “Subi e tentei virar a volta, mas os piá mandaram seguir.”
No momento do crime, eles estavam em três e chegaram atirando, sem nenhuma chance de reação por parte de Diego. Quando o carro caiu na ponte, eles abandonaram e foram para casa. O suspeito entrevistado comentou também que conhecia o rapaz assassinado e que se arrependeu do crime. “Agora não volta atrás.” Um deles falou que não estava envolvido e foi liberado na sequência. Os demais foram encaminhados para a carceragem da delegacia de Realeza. *Com informações assessoria PM e Rádio Ampere.
