Nesta quinta-feira, 8, a Polícia Militar cumpriu mandado judicial expedido pela juíza de Direito da Comarca de Capanema, para o cumprimento de mandado proibitório em desfavor do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, na comunidade de Marechal Lott.
Conforme nota enviada pela PM à imprensa, a operação foi executada pelo efetivo do 21ºBatalhão da PM, com as equipes Rotam, Rocam, RPA, incluindo o apoio do efetivo do Batalhão de Polícia da Fronteira (BPFron). No local, a diligência iniciou-se com uma tentativa de negociação verbal, no intuito de buscar a resolução pacífica da situação, informando os manifestantes a respeito da ordem judicial.
Após aproximadamente 40 minutos de conversação, foram infrutíferas as negociações, sendo que os manifestantes insistiram em permanecer no local, bloqueando as vias de acesso à empresa, atearam fogo em pneus na entrada da empresa ao lado de um local de estacionamento de caminhões, os quais os manifestantes não deixavam movimentar, inclusive furaram alguns pneus de alguns caminhões que ali se encontravam estacionados.
A PM solicitou aos motoristas dos caminhões que permaneciam estacionados para que se retirassem do local, porém foram impedidos pelos manifestantes, os quais sentaram-se no meio da via – aproximadamente de 60 pessoas. Conforme a PM, novamente foi tentada a negociação das equipes policiais com os manifestantes. Os agricultores foram informados para que se retirassem da via, que seu manifesto era legitimo, porém não poderiam impedir os veículos de pessoas de transitarem livremente.
Porém, de acordo com a PM, os manifestantes não saíram da via. Novamente foi solicitado para que se retirassem, caso contrário a policia iria utilizar a força necessária para desmotiva-los em seu intento. Neste momento, iniciou-se operação de Controle de Disturbios Civis, onde as equipes envolvidas montaram formação e realizaram manobras para dispersar aproximadamente 60 pessoas.
Durante o procedimento alguns manifestantes apresentaram resistência ativa mediante arremesso de projeteis (pedras e e pedaços de madeira), sendo que foram atingidos pelas pedras, nas pernas, dois policiais. Os autores foram identificados e apresentaram resistência passiva, recusando-se a deixar o local e teriam incitado os manifestantes com palavras, ordenando ofensiva contra os policiais. Os três indivíduos foram imobilizados, detidos e encaminhados ao destacamento da PM de Capanema para lavratura do termo. circunstanciado.
Os manifestantes ateraram fogo nos pneus de um dos caminhões que estava estacionado no pátio, em meio a outros vários caminhões, sendo o fogo controlado rapidamente pelas equipes da PM, auxiliados pelos seguranças da empresa. A operação seguiu sem mais alterações. Após cerca de 30 minutos os manifestantes deixaram o local, sendo que lhes foi permitido o espaço e tempo necessário para apanharem seus pertences. Os detidos foram ouvidos, orientados e liberados.