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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Polícia apreende narguilé utilizado por menores em estabelecimento comercial

Polícia e Conselho Tutelar se preocupam com a disseminação do produto entre crianças e adolescentes.

 

Foto ilustra o consumo de narguilé em áreas urbanas. Autoridades de 
Realeza afirmam que o produto é proibido para crianças e adolescentes.

 

 O conselheiro tutelar Jesse James Schmidt afirma: “O narguilé está disseminado na cidade”. E não só em Realeza. Fazendo um giro pela região, pode-se perceber o famoso aparelho de fumar em diversos outros municípios, usado em casa, na rua ou até em bares e lanchonetes. 
Segundo Schmidt, é como se o narguilé tivesse se tornado uma moda, que não pode ser ignorada. “É uma coisa de outra cultura, que foi implantada na nossa e que parece que dá um certo tipo de status para quem usa”, opina. O conselheiro chega até a comentar que pesquisas apontam que o produto pode fazer mal, mas não condena o uso por adultos. Ele afirma que o problema é quando os usuários são crianças e adolescentes. “Como está disseminado na cidade, sempre existem menores fumando. Os maiores fumam e os menores querem copiar.”
Nesse sentido, ele deixa claro: “Como qualquer outra substância que cause dependência, como o cigarro e a bebida alcoólica, o narguilé é proibido para menores de idade e conselho e polícia vão tomar atitude”. 
Isso aconteceu no começo deste mês. Na madrugada do dia 6, sábado, a polícia de Realeza abordou dois menores que utilizavam um narguilé em um estabelecimento da cidade. Segundo o delegado da Comarca de Realeza, Ricardo Moraes Faria dos Santos, o estabelecimento alugava narguilé para uso dos clientes e, na ocasião, alugou para os adolescentes, que foram abordados fumando em frente ao ponto comercial.
“O produto foi apreendido e o proprietário, preso, por comercializar o produto para menores de idade. Depois do pagamento de fiança, ele foi liberado, mas o narguilé será encaminhado, junto com o inquérito, para o fórum”, garante o delegado.
Ele ainda complementa que qualquer substância que possa causar dependência química no seu usuário tem sua venda vetada para menores. Quem comercializar esse tipo de produto pode ser punido com prisão e fiança. “No caso aqui em Realeza, o comerciante foi liberado com R$ 800 de fiança, mas o valor depende da gravidade do crime e pode ser muito maior, chegando até 100 salários mínimos”, conta.
Então, para evitar mais casos como este, o delegado relata que a polícia está realizando um trabalho “não só punitivo, mas também preventivo”. Segundo ele, a polícia não deseja ficar prendendo pessoas e cobrando fianças, o objetivo é evitar que o crime aconteça, “assim, estamos realizando uma campanha de orientação, para que as pessoas saibam que isso é um delito”.
O conselheiro Schmidt ainda comenta que algumas pessoas da sociedade entraram em contato com o Conselho Tutelar, reclamando da proibição, dizendo que o produto deveria ser liberado. Mas ele reforça que o narguilé realmente tem potencial para causar dependência química, então não deve ser utilizado por menores de idade, e acrescenta: “Não temos o que fazer, a lei diz isso, então nós vamos fiscalizar”.

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