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Polícia Civil do Estado do Paraná, por meio da 19ª Subdivisão Policial de Francisco Beltrão, com apoio de investigador da Delegacia de Ampere e de perito do Instituto de Criminalística do Estado do Paraná, cumpriu na manhã de ontem mandado de busca e apreensão que resultou na prisão em flagrante de um indivíduo pelo crime de armazenar vídeos contendo cena de sexo explícito com criança e/ou adolescente. O delito é previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê pena de até 4 anos de prisão.
Após denúncia recebida pela Polícia Civil de Brasília, a delegada Emanuelle Carolina Baggio, titular da Delegacia da Mulher de Francisco Beltrão, representou ao juízo local pela busca e apreensão dos aparelhos eletrônicos que pudessem armazenar os vídeos. Foram apreendidos um celular e um notebook. No celular, de fato, foram encontrados vídeos de sexo com crianças, o que ensejou a prisão em flagrante do suspeito. As investigações prosseguirão pra verificar se houve divulgação destes vídeos e/ou prática de outros atos criminosos.
O delegado-chefe da 19ª SDP, Ricardo Moraes Faria, disse que a Polícia Civil de Francisco Beltrão iniciou as investigações, conseguiu chegar no endereço da pessoa e representou judicialmente por mandado de busca e apreensão. “Foi cumprido esse mandato e, realmente, no celular desse cidadão já foram encontrados diversos vídeos, em que havia abusos contra crianças. Só quero deixar esclarecido pra população que não era ele cometendo abuso, mas sim, ele recebeu essas filmagens de crianças e adolescentes sendo abusadas, e armazenava, isso por si só já é um crime do Artigo 241B, do Estatuto da Criança e do Adolescente, com a pena de até quatro anos”, confirmou o delegado.
Segundo o delegado Ricardo, aparentemente ele é uma pessoa de bem, com um emprego fixo, residência fixa, “mas nós estamos apurando também com outros órgãos de segurança se já tinha passagem em outros lugares, ao fato de ter uma denúncia que já veio de uma outra instituição, Polícia Civil de Brasília, então todo esse contexto a gente ainda vai apurar”.
Os equipamentos apreendidos foram para perícia. A Polícia Civil agora pretende apurar se o suspeito somente armazenava ou também se ele cometeu outras condutas, como por exemplo, divulgar, “ou até mesmo, que já cairia em um outro crime à parte, se ele fomentou algum tipo desses abusos, se foi ele que talvez conversando com alguém pediu que abusasse de uma criança, então ele pode responder até mesmo como coautor de estupro de vulnerável”.