Policiais
Uma grande mobilização dos policiais e bombeiros militares, ativos e inativos (aposentados), deve acontecer no Paraná nesta sexta-feira, 17, a partir das 10h30. Em Francisco Beltrão o ato está programdo para o calçadão central.
A advogada Kelly Cristina Borghesan, porta-voz dos militares nesta manifestação, diz que se trata de um movimento apartidário, sem qualquer paralização ou comprometimento do trabalho, e visa chamar a atenção do Governo do Estado para duas reinvindicações: a reposição salarial e a regulamentação da carga horária.
Quanto à reposição salarial, segundo ela, desde 2016 há uma defasagem salarial de mais de 35%. Isso se tratando apenas de perda inflacionária. Já quanto à carga horária, verifica-se que militares estão trabalhando cerca de 50 horas semanais, sem qualquer adicional de horas-extras.
“Essas situações têm causado grande desestímulo profissional, levando muitos a se exonerarem e procurar atividade civil que possui uma remuneração melhor e uma carga horária mais flexível e saudável. Logo, há um déficit de efetivo que leva à sobrecarga, gerando suicídios, exonerações, afastamentos médicos, entre outras tantas situações”, descreve em nota enviada à imprensa.
Ela salienta que militares da reserva, após trabalharem 25, 30, 35 anos, precisam exercer outras atividades para complementação salarial e sustento de suas famílias. O que efetivamente é proibido para os militares da ativa.
“Os militares que estão diuturnamente a serviço de garantir a ordem e o socorro da população buscam agora serem ouvidos e, assim, que seu clamor possa chegar ao Governo do Estado e a Assembleia Legislativa, para que essas duas bandeiras, a reposição salarial e a carga horária, sejam regulamentadas.”