Carceragem da delegacia de Francisco Beltrão está passando por reformas para receber presos da região, que ficarão em quarentena para evitar coronavírus (Covid 19).
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A unidade sentinela para as pessoas que ingressam no sistema prisional já está funcionando no setor de carceragem da 19ª Subdivisão Policial (SDP) de Francisco Beltrão. É a porta de entrada para todo preso oriundo de prisão em flagrante ou por mandado judicial.
O Depen faz a triagem e os detentos ficam 15 dias em quarentena – o isolamento serve para separar as pessoas em que o diagnóstico for classificado como caso suspeito – para depois serem encaminhados à Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão. As unidades sentinelas fazem o monitoramento dos presos para evitar que a doença se alastre no sistema prisional.
A carceragem está recebendo reparos para atender a nova demanda. O serviço é executado pela equipe de obras do próprio Depen, com recursos do Conselho da Comunidade de Francisco Beltrão. “Precisamos deixar o ambiente agradável, não é porque é cadeia que não tem que cuidar. Solicitei para a dra. Maria Fernanda e ela nos atendeu”, conta Marcos Andrade, diretor da PEFB e coordenador regional do Depen, referindo-se ao pedido feito à promotora pública.
Equipe de profissionais de saúde
De acordo com ele, há uma equipe formada por enfermeira e três acadêmicos do curso de Medicina da Unioeste que fazem o acompanhamento diário de eventuais sintomas nos detentos na unidade sentinela. “Além disso, quando o preso deixa a carceragem e vai para a penitenciária ele fica mais 15 dias em isolamento dentro da unidade para garantir que haja tranquilidade.” Se surgirem casos confirmados de Covid-19 entre os presos, o Depen planeja montar um hospital de campanha no pátio da 19ª SDP para fazer o tratamento necessário.
A equipe que está trabalhando é formada por três agentes penitenciários, que fazem a coordenação, e cerca de 30 presidiários que executam os reparos. Esses trabalhadores quando saem da PEFB, ao retornarem vão para uma ala isolada, para não se misturar com a massa carcerária, precavendo eventual contaminação com coronavírus.
Marcos afirma que todos os protocolos de segurança foram reforçados para garantir a saúde dos agentes penitenciários e dos detentos. “Nossos agentes nem tocam mais nos presos, todo o trabalho é feito respeitando a distância mínima recomendada pelos organismos de saúde.”