Policiais

O feriado prolongado teve vários casos de violência doméstica contra mulheres na região. Anteontem, 15, a Polícia Militar atendeu um caso no Bairro Seminário, em Francisco Beltrão, em que o homem feriu sua ex-mulher com golpes de faca.
Quando os policiais chegaram ao local, a mulher, que já tinha um ferimento na cabeça, relatou que estava na casa de sua vizinha e que seu ex-marido chegou ao local conduzindo uma motoneta, muito agressivo, portando uma faca e começou a aplicar golpes que atingiram sua cabeça.
Ele foi interrompido por um dos proprietários da residência que entrou em luta corporal com o agressor e conseguiu retirar a faca de sua mão. O ex-marido fugiu, mas logo foi encontrado e preso pela polícia. A vítima foi encaminhada pelo Samu até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para receber atendimento.
Homem agrediu e cortou as roupas com canivete
Moradora da Rua Amazonas, Bairro Pinheirinho, em Beltrão, contou à polícia que foi agredida pelo marido com socos e chutes, que foi segurada pelo pescoço e chegou a perder os sentidos, acordando instantes depois. Durante as agressões, o homem cortava as roupas que ela vestia, utilizando um canivete. Ela conseguiu se vestir e saiu de casa correndo para pedir ajuda. A Polícia Militar abordou o marido da vítima, que negou os fatos, mas foi preso e levado para a 19ª SDP.
Passou o dia bebendo e bateu na mulher
Em Nova Esperança do Sudoeste, também ontem, uma mulher pediu socorro à PM após ser agredida por seu companheiro. Ela relatou que seu marido passou o dia consumindo bebidas alcoólicas em um bar e ao chegar na residência começaram a discutir por conta de algumas divergências de opiniões.
A mulher disse que foi agredida com chutes nas pernas, segurada pelo pescoço e jogada na cama. As agressões só cessaram quando o filho do casal acordou. Durante permanência no local, o autor disse que a esposa “possui problemas”. Em seguida o autor optou por permanecer em silêncio. Os dois foram encaminhados à delegacia de Salto do Lontra.
Bateu a cabeça da mulher no chão por ciúmes
Na noite de domingo, 14, na comunidade de Chalito, interior de Marmeleiro, uma mulher foi espancada pelo seu convivente. A vítima relatou aos policiais que havia ido no bar com ele e quando chegaram em casa, ele foi pra cima dela, a jogou no chão e começou agredi-la, dando socos e tapas, e batendo sua cabeça no chão. A situação foi gravada por uma filha da vítima que estava na casa.
A mulher informou que as agressões teriam ocorrido por ciúmes e que seu marido é uma pessoa muito possessiva. O homem foi preso e encaminhado à 19ª Subdivisão Policial em Francisco Beltrão.
Tentou degolar a mãe
No sábado, 13, no Bairro Santa Rita, em Marmeleiro, uma mulher de 65 anos denunciou que foi agredida pelo próprio filho, de 40 anos.
Ela relatou que seu filho é usuário de drogas e que chegou em casa alterado, começou a ofendê-la usando diversos palavrões.
Na sequência o homem foi até a cozinha, pegou uma faca e foi para cima dela, segurand-a o pelos cabelos, e ameaçando degolar a própria mãe. O agressor foi preso.
Capanema
Em Capanema, no Bairro São José Operário, a Polícia Militar foi chamada no sábado, 13. Um homem, de 31 anos, agrediu sua esposa fisicamente e ainda fez ameaças de morte. Ele foi preso e levado à delegacia.
Agressores terão que refletir sobre violência perpetrada
Na Comarca de Francisco Beltrão está em andamento, desde outubro, o projeto Transformar, uma parceria do Cejusc – desenvolvido pelo Tribunal de Justiça e curso de Direito da Unipar –, Vara Criminal e Núcleo Maria da Penha, vinculado à Unioeste.
O projeto visa propor encontros reeducativos e reflexivos para autores de violência doméstica. A iniciativa está amparada pela Lei Maria da Penha, que possibilita a aplicação de medidas de urgência que obrigam o ofensor a comparecer em programas de recuperação e reeducação.
De acordo com o professor Alexandre Magno Augusto Moreira, coordenador do curso de Direito da Unipar, a proposta do projeto surge com a compreensão recente de se voltar também a atenção ao ofensor. Ele diz que há uma percepção de que a reeducação do autor de violência doméstica é imprescindível para a efetividade do processo preventivo e protetivo, preconizado na Lei Maria da Penha, que tem como uma de suas finalidades operar mudanças estruturais no quadro das violações de direitos das mulheres. Serão cinco encontros até dezembro, nos quais serão feitos trabalhos em grupo com papel educativo, reflexivo e preventivo.