Terceiro suspeito preso alegou que foi até a casa não para roubar, mas para cobrar dívida.
Claudir Peretto, terceiro suspeito preso pelo crime de latrocínio – assassinato seguido por roubo -deve permanecer detido no setor de carceragem da 19ª Subdivisão Policial (SDP), em Francisco Beltrão. Ele se apresentou na delegacia com a presença de um advogado no sábado, e recebeu voz de prisão devido ao mandado expedido pela Justiça.
O crime de latrocínio aconteceu na terça-feira passada, na Rua Peru, Bairro Santa Luzia, no início da noite. Uma jovem foi abordada por três homens que anunciaram o assalto, ela se assustou e gritou, sua mãe, Lourdes de Fátima da Silva, saiu para ver o que estava acontecendo e foi alvejada por dois disparos de revólver, um na axila e um nas costas, morrendo no local.
Os irmãos Cleiton Lucas dos Santos, 21, e Luiz Carlos dos Santos, 24, são os outros dois suspeitos e já haviam sido capturados pela polícia na quarta-feira. Os dois confessaram o crime e disseram que quem disparou a arma foi Claudir.
História não convenceu a polícia
Em seu depoimento, Claudir assumiu que foi ele que atirou em Lourdes, mas disse que foi até a casa não para roubar, mas para cobrar uma conta. O delegado Joselito Teixeira dos Santos, titular da Comarca de Dois Vizinhos, não se convenceu da história e deverá indiciá-los por latrocínio. “Ele disse que foi cobrar uma dívida, mas a moça disse que nunca viu o rapaz.” As investigações ainda estão em andamento.
Fugir crime latrocínio
Segundo o delegado, a garota trabalhou naquela tarde em uma loja da cidade, mas o suspeito teria dito que esteve com ela. O delegado acredita que foi uma estratégia da defesa para tentar fugir do crime de latrocínio que tem pena maior (20 a 30 anos). Joselito diz que tem provas suficientes para indiciar os três por latrocínio e que aguarda alguns laudos e depoimentos para concluir o inquérito.
Claudir já é condenado pela polícia a 5 anos e 9 meses, por diversos delitos. Ele esteve recolhido na cadeia pública de Dois Vizinhos até dezembro de 2016. Atualmente aguardava vaga no sistema prisional para responder em regime semiaberto.