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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

“Todo ano nessas datas lembramos de como nossa família era unida”

Policiais

Os irmãos Ramon e Renata Canepa: superação.

As datas comemorativas são sempre muito difíceis para os irmãos Renata e Ramon Canepa. Eles perderam os pais Waldemar Barreto Canepa e Adriana Alvarenga Canepa, no Natal de 2012, na PR 566, em Francisco Beltrão, após um motorista alcoolizado invadir a pista e atingir o veículo da família. Renata e Ramon tinham na época 18 e 13 anos, respectivamente. “Todo ano nessa data, entre outras datas comemorativas, lembramos de como nossa família era unida, de como meus pais foram exemplos de pais, realmente muito presentes”, conta Renata. Segundo ela, foi tudo tão avassalador que ela sequer teve tempo para superar o luto. “Pois logo após o acidente minha prioridade e total atenção ia para o meu irmão que ainda lutava pela vida no hospital.”

Ramon relata que nestas datas comemorativas ainda se sente em luto, é sempre uma data muito difícil e emocionante. “Como eu não presenciei o acidente consciente, não passei por esse processo de luto.”

Conforme Renata, o que fica de recordação é a lembrança dos bons pais que eles foram. “Me recordo deles com muito orgulho, pela educação que nos proporcionaram e o que fica é a saudade de muitos momentos como os jogos de vôlei em família, acampamentos, betts na rua sem saída, retiros de igreja, momentos cinema em casa, sempre rodeados com muitos amigos.”

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No caso da família Canepa, o condutor causador do acidente estava alcoolizado e não possuía carteira de habilitação. “É realmente muito triste e no nosso caso revoltante, pois uma simples atitude de misturar embriaguez e direção foi fatal”, reflete a jovem. Para Ramon, a lei deveria ser mais rigorosa. “Não é um simples acidente, é uma escolha que o indivíduo toma a partir do momento que ele ingere bebida alcóolica e pega no volante.” Apesar dos apelos mercadológicos das datas comemorativas no Brasil, na opinião da Renata é sempre muito bom presentar a quem se ama. “Sempre me pergunto nessas datas o que daria para meus pais? Se eles estivessem aqui, o que gostariam de ganhar? Se orgulhariam do presente que eu daria para eles? E por fim acabo comprando e presenteando meu sogro e minha sogra, que são como pais para mim.”

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